Bolsa Família: beneficiários ganharão cartão de débito

Entenda como vai funcionar a distribuição deste cartão para quem recebe o benefício.

Publicado em 13/03/2023 por Rodrigo Duarte.

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O Bolsa Família está sendo retomado como programa de distribuição de renda próximo do formato que tinha quando originalmente foi lançado e que tinha não apenas como objetivo ajudar as pessoas mais pobres como também sendo uma importante peça dentro de uma estratégia de saúde e também de educação para os mais pobres. Mas, fora a retomada do nome, o programa também terá algumas atualizações que já estão sendo percebidas pelos beneficiários.

Bolsa Família: beneficiários ganharão cartão de débito

Uma das principais mudanças, e também uma das mais a guardadas pelos beneficiários, está diretamente relacionada aos valores recebidos, sendo que o Governo Federal está prometendo um valor mínimo de R$ 600 para todos os beneficiários. Além disso, algumas outras alterações estão sendo feitas com o objetivo de deixar o programa mais próximo do que as pessoas precisam.

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Para ajudar essas pessoas a se tornarem ainda mais próximas e inseridas do mercado como um todo, os beneficiários do Bolsa Família poderão ganhar um cartão de débito. A novidade foi anunciada pela presidente da Caixa Econômica, Rita Serrano, uma vez que o banco é o operador do benefício e será o responsável pela administração dos cartões que serão emitidos para este público.

De acordo com as informações que foram divulgadas pela presidente da Caixa, a previsão do banco é que ele transforme os 21 milhões de cartões que já estão em posse das famílias dos beneficiários e que ainda serão emitidos em cartões de débito. Dessa forma, essas pessoas poderão fazer pagamentos sem que seja necessário sacar o dinheiro.

Uma medida importante que será tomada para tornar a vida dessas pessoas mais fácil é que estes cartões não estarão atrelados a nenhum tipo de conta ou poupança digital do banco. Dessa forma, estes beneficiários não vão precisar se preocupar com possíveis taxas que podem ser cobradas a partir das operações que acontecem nestas contas.

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“O cartão de débito vai facilitar movimentarem as contas e garante a bancarização, porque todos os beneficiários terão uma conta, uma poupança digital aberta pela Caixa. Então nós vamos bancarizar a população e facilitar a retirada desses recursos, pagamento em mercados, então a ideia é essa: facilitar pra que ninguém fique na fila”, afirmou Serrano.

A Caixa afirma que a ideia já estava sendo estudada e até mesmo implementada nos últimos anos, sendo que no ano passado alguns beneficiários do programa, que por alguns meses acabou sendo chamado de Auxílio Brasil durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, receberam um cartão que já vinha com um chip e que tinha a função de débito ativa. Agora, a ideia é que todos os cartões passem a contar com a mesma funcionalidade.

Saiba mais sobre o Bolsa Família 2023

A partir do retorno do presidente Lula para o seu 3º mandato, o 5º do Partido dos Trabalhadores, uma das primeiras medidas anunciadas foi o retorno do Bolsa Família como programa mais próximo daquele que foi lançado originalmente e que acabou se tornando uma das principais marcas dos mandatos deste partido.

A ideia é ofertar recursos para as famílias que são consideradas como muito próximas da linha da miséria, com uma foco principal no atendimento de algumas necessidades básicas de alimentação. O programa se tornou tão importante e forte entre as camadas mais pobres da população que mesmo governos de partidos opostos, quando assumiram o poder, não conseguiram acabar com a proposta ou mesmo mudar o nome do programa.

Apenas Jair Bolsonaro, no seu último ano de governo, que o programa passou por uma atualização mais brusca, pegando carona no Auxílio Emergencial que foi criado para atender as necessidades das pessoas que não conseguiam trabalhar durante a pandemia. O Bolsa Família passou a ser chamado de Auxílio Emergencial e prometia pagar R$ 600.

Este valor acabou sendo mantido para essa nova versão do Bolsa Família, mas o programa passou a oferecer valores adicionais para famílias com base na quantidade de crianças e jovens na sua composição. Além disso, também foi criado um valor adicional para as gestantes. Com isso, o programa também voltou a exigir a matrícula de todas as crianças na escola, a carteira de vacinação em dia e o acompanhamento das gestantes no programa de pré-natal do SUS.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.