Pix por Aproximação do Banco do Brasil: Como usar, limites e vantagens do pagamento NFC

Descubra como utilizar o novo Pix por aproximação do Banco do Brasil, uma tecnologia que revoluciona pagamentos com a mesma praticidade dos cartões sem contato, mas com a agilidade do Pix.

Publicado em 11/03/2025 por Rodrigo Duarte.

Anúncios

O Pix por aproximação representa uma evolução significativa no sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, combinando a praticidade do Pix tradicional com a conveniência da tecnologia NFC (Near Field Communication). Esta inovação permite realizar pagamentos apenas aproximando o smartphone de uma maquininha compatível, semelhante ao que já acontece com cartões contactless.

Diferentemente do método convencional, não é necessário escanear QR codes ou digitar dados do recebedor para concluir a transação. A tecnologia elimina etapas e acelera os pagamentos, dispensando até mesmo a digitação de senhas para valores dentro dos limites estabelecidos, o que reduz significativamente o tempo gasto em cada operação.

Anúncios

Esta modalidade de pagamento surge como resposta à crescente demanda por métodos ainda mais ágeis e seguros para transações cotidianas. Pesquisas recentes indicam que mais de 70% dos brasileiros já utilizam o Pix como principal meio de pagamento, e esta nova funcionalidade tende a ampliar ainda mais esta preferência.

Pix por Aproximação do Banco do Brasil: Como usar, limites e vantagens do pagamento NFC
Créditos: Reprodução

Requisitos para Utilizar o Pix por Aproximação do Banco do Brasil

Para começar a utilizar o Pix por aproximação do Banco do Brasil, alguns requisitos técnicos e cadastrais precisam ser atendidos. Primeiramente, é fundamental possuir uma conta ativa no Banco do Brasil, seja corrente ou poupança, com pelo menos uma chave Pix já cadastrada e validada no sistema.

No aspecto tecnológico, é necessário um smartphone equipado com a tecnologia NFC e que utilize o sistema Android. Esta limitação inicial deve-se ao fato de que a implementação está vinculada à carteira digital Google Pay, que não está disponível para dispositivos iOS. Usuários de iPhone, portanto, precisarão aguardar futuras atualizações para ter acesso a esta funcionalidade.

Anúncios

O aplicativo do Banco do Brasil deve estar atualizado para a versão mais recente disponível na Google Play Store, garantindo assim compatibilidade com os novos recursos. Além disso, é recomendável verificar se o smartphone possui configurações de NFC ativadas nas configurações do sistema.

Vale ressaltar que a tecnologia está sendo implementada gradualmente, portanto, mesmo que todos os requisitos sejam atendidos, é possível que alguns usuários precisem aguardar a disponibilização completa do serviço em sua região ou para seu perfil específico.

Limites e Segurança nas Transações por Aproximação

O Banco Central estabeleceu regras específicas para garantir a segurança das transações por aproximação, definindo um limite máximo de R$ 500 por operação individual. Este valor foi determinado considerando um equilíbrio entre conveniência e segurança, reduzindo riscos em caso de uso indevido do dispositivo.

Os usuários têm a flexibilidade de personalizar seus limites diários de transação através do aplicativo do Banco do Brasil, podendo definir valores inferiores ao teto estabelecido pelo regulador. Esta configuração permite adaptar o serviço ao perfil de uso e às necessidades de segurança individuais de cada cliente.

Para transações acima do limite de R$ 500, o sistema automaticamente solicitará métodos adicionais de autenticação, como senha ou biometria, mantendo assim a segurança para operações de maior valor. O Banco do Brasil também implementou sistemas avançados de monitoramento que identificam padrões incomuns de transação, bloqueando preventivamente operações suspeitas.

A tecnologia NFC utilizada neste tipo de pagamento possui múltiplas camadas de proteção, incluindo tokenização e criptografia ponta a ponta, tornando extremamente difícil a interceptação dos dados durante a comunicação entre o smartphone e o terminal de pagamento.

Como Configurar e Realizar seu Primeiro Pagamento por Aproximação

Configurar o Pix por aproximação no Banco do Brasil é um processo simples que pode ser realizado em poucos minutos. Primeiramente, abra o aplicativo do Banco do Brasil e acesse a seção Pix no menu principal. Em seguida, procure pela opção "Adicionar ao Google Pay" ou similar, que permitirá vincular sua conta à carteira digital.

Após a configuração inicial, para realizar pagamentos basta seguir estes passos:

  1. Abra o aplicativo do Banco do Brasil em seu smartphone
  2. Acesse a área Pix na tela inicial do aplicativo
  3. Selecione a opção "Pagar por aproximação" no menu
  4. Aproxime seu telefone da maquininha de cartão compatível com NFC
  5. Aguarde a confirmação da transação, que aparecerá na tela em segundos

Para valores abaixo do limite estabelecido, não será necessário inserir senha ou realizar qualquer autenticação adicional, tornando o processo extremamente ágil. O comprovante da transação ficará disponível instantaneamente no aplicativo, podendo ser compartilhado por diversos meios como e-mail, mensageiro ou salvo na galeria do dispositivo.

Vantagens e Benefícios para Consumidores e Comerciantes

A implementação do Pix por aproximação traz múltiplos benefícios tanto para consumidores quanto para estabelecimentos comerciais. Para os usuários, a principal vantagem está na redução significativa do tempo gasto em cada transação, eliminando etapas como a leitura de QR codes ou digitação de dados, o que resulta em uma experiência mais fluida durante as compras.

Do lado dos comerciantes, o novo método representa uma oportunidade de otimização do fluxo de atendimento, especialmente em horários de pico, quando a agilidade nas transações pode significar um aumento considerável no volume de vendas. Além disso, por utilizar a infraestrutura já existente das maquininhas com NFC, não são necessários investimentos adicionais em equipamentos específicos.

Outro benefício relevante é a diminuição do contato físico durante as transações, aspecto que ganhou importância após as mudanças de hábitos impulsionadas pela pandemia. A redução da necessidade de manipulação de dinheiro em espécie ou mesmo de inserção de cartões nas máquinas contribui para um ambiente comercial mais higiênico.

Para pequenos empreendedores, a facilidade de recebimento por aproximação, combinada com a liquidação instantânea característica do Pix, representa uma melhoria significativa no fluxo de caixa, permitindo acesso imediato aos valores recebidos, diferentemente do que ocorre com outras modalidades de pagamento eletrônico.

Perspectivas Futuras e Expansão da Tecnologia

O lançamento do Pix por aproximação pelo Banco do Brasil marca apenas o início de uma tendência que deve se expandir rapidamente para outras instituições financeiras. Especialistas do setor estimam que, nos próximos meses, a maioria dos grandes bancos e fintechs do país deverá implementar funcionalidades semelhantes, ampliando o ecossistema de pagamentos instantâneos por NFC.

A expectativa é que, com a popularização da tecnologia, surjam novas aplicações que transcendam o simples pagamento em estabelecimentos físicos. Possibilidades incluem integração com sistemas de transporte público, pagamentos em máquinas automáticas de autoatendimento e até mesmo transferências diretas entre smartphones equipados com NFC, criando um ambiente ainda mais versátil para transações monetárias.

Outra evolução provável é a integração com dispositivos vestíveis como smartwatches e pulseiras, permitindo pagamentos sem a necessidade de utilizar o smartphone. Esta tendência já se observa em outros países e deve chegar ao Brasil à medida que a infraestrutura de pagamentos por aproximação se consolide.

O Banco Central já sinalizou que trabalha em regulamentações adicionais para acompanhar a evolução tecnológica, buscando um equilíbrio entre inovação e segurança. Entre as mudanças esperadas está a possível revisão dos limites de transação sem senha, conforme o histórico de segurança da tecnologia for sendo estabelecido.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.