Desenrola: Saiba como participar da 2ª fase do programa de negociações
Expectativa do governo é encaminhar até R$ 79 bilhões em acordos.
O governo federal deu início oficialmente nesta segunda-feira, dia 25 de setembro, a 2ª fase do programa de renegociação de dívidas Desenrola, que interessa aquelas pessoas que possuem renda de até dois salários mínimos e que acabaram se endividando nos últimos anos. Além dos devedores, as empresas também devem ficar atentas, pois existem prazos que devem ser seguidos para que os credores possam utilizar o sistema e encaminhar negociações junto aos clientes.
Ao longo desta semana, por exemplo, as empresas que já estão inscritas no programa terão que informar, através dos sistemas que foram criados para o Desenrola, qual desconto elas estão dispostas a conceder para os consumidores que estão atualmente com dívidas. As empresas que oferecem maiores descontos terão a garantia do programa. O governo espera que as empresas ofereçam um desconto mínimo de 58% dentro do sistema.
O sistema de leilão criado para as renegociações do Desenrola possuí como principal objetivo agrupar as dívidas que sejam consideradas como de perfis que sejam de um mesmo grupo. As dívidas que poderão ser agrupadas em grupos que levam em consideração as atuações de empresas, como água, energia e telefone, ou ainda por outros aspetos, como valor das dívidas, tempo de negativação, entre outros.
A partir da semana que vem os consumidores poderão consultar os sistemas do governo, tendo como principal objetivo fazer a verificação de todas as suas dívidas que foram inscritas pelas companhias. Junto com as dívidas, os consumidores também já poderão conferir o desconto que será oferecido através deste sistema.
A expectativa é de que sejam renegociados quase R$ 79 bilhões de dívidas de até R$ 5 mil, beneficiando cerca de 30 milhões de pessoas.
Quem poderá negociar suas dívidas na 2ª fase do Desenrola?
Nesta fase que está começando a partir desta semana do programa Desenrola, poderão encaminhar a negociação aquelas pessoas que estão inseridas em núcleos familiares que comprovem ter renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou está inscrito no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico).
Além disso, em relação as dívidas que estiverem inscritas em nome das pessoas, elas não podem superar o valor de R$ 5 mil por registro.
Como encaminhar a renegociação
O primeiro passo para que as pessoas tenham acesso ao sistema de renegociação de dívidas criado pelo governo é ter uma conta ativa no portal gov.br. Para isso, as pessoas terão que seguir estes passos:
acessar o portal www.gov.br
selecionar "Entrar com gov.br”
digitar o CPF e clicar em “Continuar” – nessa etapa é possível criar ou alterar a conta
preencher formulário com dados pessoais.
Além disso, também será preciso que as pessoas tenham conta de nível de segurança, no mínimo, categoria Prata. Essa categoria poderá ser alcançada das seguintes formas:
validação facial pelo aplicativo GOV.BR para conferência da foto junto à Carteira de Habilitação (CNH)
validação dos dados pessoais via internet banking de um banco credenciado. As instituições financeiras credenciadas são: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Banco de Brasília, Caixa Econômica, Sicoob, Santander, Itaú, Agibank, Sicredi e Mercantil do Brasil, ou
validação dos dados com usuário e senha do Sistema de Gestão de Acesso (SIGEPE), caso seja um servidor público federal.
Depois de ter uma conta no portal Gov.br, os interessados deverão aguardar mais informações relacionadas ao sistema e ao site que será liberado especificamente para conferir as dívidas e encaminhar as negociações.
Ainda é possível negociar as dívidas da 1ª fase?
A 1ª fase era destinada as renegociações com dívidas maiores, para pessoas que tinham uma renda de até R$ 20 mil. Essas dívidas ainda podem ser renegociadas com algumas vantagens que foram estabelecidas com este programa. De acordo com as informações que foram divulgadas pelo governo, ainda é possível negociar estas contas, mas o contato acaba sendo feito diretamente entre os endividados e as empresas credoras.
Dívidas mais caras
Além disso, recentemente o governo confirmou que as dívidas que sejam de até R$ 20 mil também poderão participar de leilões nesta nova fase. Ou seja, as empresas poderão participar do leilão e oferecer descontos para dívidas de até 20 mil, mas nem todas as renegociações terão a garantia do programa. Mas a prioridade do Fundo Garantidor de Operações (FGO) é para as dívidas de até R$ 5 mil.