Inadimplência cresce e atinge 70,5 milhões de pessoas. Confira dicas para sair do vermelho.

Cartão de crédito é considerado como principal vilão.

Publicado em 05/04/2023 por Rodrigo Duarte.

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Mesmo com todas as medidas que estão sendo tomadas pelo governo com o objetivo de controlar a inflação e com a retomada da criação de vagas de emprego com carteira assinada, os brasileiros ainda estão em uma complicada em relação as suas finanças de uma forma geral. De acordo com as informações que foram divulgadas pelo Serasa, a inadimplência voltou a crescer e atualmente atinge mais de 70,5 milhões de pessoas.

Inadimplência cresce e atinge 70,5 milhões de pessoas. Confira dicas para sair do vermelho.

O órgão de proteção ao crédito registrou um aumento de 433 novas inscrições de pessoas na sua base de dados, ou seja, que possuem alguma dívida que está sendo cobrada por alguma empresa. Dentre os vilões, o cartão de crédito acabou se tornando como a principal causa do endividamento, responsável por 31,6% das dívidas. Contas básicas aparece em segundo lugar, e na terceira colocação as compras no setor de varejo de uma forma geral.

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Na comparação com fevereiro de 2022, as contas com bancos e cartões contabilizaram aumento de 3,0%, enquanto os débitos com contas básicas e no varejo caíram 1,5% e 1,3%, respectivamente. Os dados revelam ainda que a soma de todas as dívidas de fevereiro é de R$ 326 bilhões, 24% maior do que o valor do mesmo período do ano passado (R$ 263 bilhões). O valor médio da dívida é de R$ 4.631,78.

Os especialistas afirmam que a principal causa para o aumento da quantidade de pessoas em situação considerada como de inadimplência é a inflação, que ainda está bastante alta e que acaba afetando especialmente os gastos com alimentação e também com despesas básicas. Além disso, os juros altos também acaba contribuindo, já que as dívidas acabam se tornando mais caras e as pessoas não conseguem pagar.

Outro fator que também acaba sendo considerado como um problema que faz com que as dividas se acumulem é a época do ano, com despesas típicas como IPVA, IPTU e também reajustes de mensalidades de uma forma geral.

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Confira algumas dicas para conseguir fugir da inadimplência:

Coloque todas as suas dívidas no papel

Antes de mais nada, é fundamental que as pessoas consigam ter uma boa perspectiva de todas as suas dívidas. Muitas vezes essa é uma informação que nem sempre é considerada muito clara, uma vez que elas podem acabar tendo diversas origens. E isso se torna ainda mais complicado quando as pessoas ou as famílias contam com diversões cartões de crédito.

Por isso, é fundamental que as pessoas de fato coloquem no papel e somem todas as dívidas que foram feitas e que ainda precisam ser pagas. E isso deve ser feito especialmente antes da tomada de qualquer decisão que envolva a ampliação desta mesma divida, como a tomada de um determinado empréstimo para quitar as dividas ou ainda novas compras.

Elenque prioridades

Na grande maioria dos casos, as pessoas que entram em uma situação considerada como de inadimplência acabam tendo mais de uma dívida, e nem sempre acaba sendo possível começar a pagar todas elas ao mesmo tempo. Portanto, com base nestas informações, as pessoas podem elencar quais são as dividas que devem ser pagas em primeiro lugar. E elas sempre devem ser aquelas com taxas de juros mais altas, como os rotativos dos cartões de crédito e também os limites do cheque especial.

Não assuma muitos acordos de uma única vez

Com base na dica anterior, é importante ter em mente bem claro quais são essas prioridades, pois o consumidor que está endividado não pode assumir muitos acordos de uma única vez, especialmente os de parcelamentos. Ele não pode comprometer mais de 30% dos seus rendimentos com o pagamento de parcelas, caso contrário vai realmente ficar muito difícil quitar todos eles. E, depois que um acordo é feito e quebrado, a negociação com a empresa credora se torna muito mais difícil e geralmente mais cara.

Programe rendas extras para estes pagamentos

Algumas rendas extras também podem acabar sendo utilizadas com o objetivo de pagar suas dívidas. Mas é importante que existe um comprometimento e um planejamento para que o contribuinte possa, por exemplo, separar o décimo terceiro que ainda vai receber para pagar algumas dessas dívidas.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.