Todo empreendedor, inclusive aquele que está começando a montar o seu próprio negócio, já deve ter ouvido falar, pelo menos uma vez, na expressão Capital de Giro. Basicamente este é o nome que acaba sendo dado para uma determinada reserva financeira que a empresa acaba tendo e que vai permitir com que o negócio siga em funcionando.

Este dinheiro geralmente acaba sendo utilizado para custear os pagamentos que precisam ser feitos no dia a dia das operações de uma de determinada empresa, não devendo ser utilizado para o pagamento dos custos fixos, pelo menos no que é considerado como uma gestão ideal.

Por exemplo, para quem opera uma lancheria, este dinheiro pode ser utilizado para o pagamento dos fornecedores de itens que serão utilizados nos preparos dos alimentos vendidos, mas não deveria ser utilizado para o pagamento dos salários dos funcionários.

Por que o capital de giro é importante?

Este dinheiro, que geralmente deve ser um valor que fica disponível para que a empresa consiga acessá-lo a qualquer momento. Atualmente boa parte das movimentações financeiras acontecem de forma eletrônica, portanto parte deste dinheiro pode estar depositado em uma conta que poderá ser movimentada. Mas parte deste dinheiro também poderá estar fisicamente disponível no estabelecimento.

Estas quantia pode ser considerada como a base financeira de sustento de qualquer tipo de operação comercial. Essa reserva financeira permite que sejam pagadas determinadas despesas antes de existir dinheiro em caixa para o pagamento das mesmas. Além disso, o capital de giro ainda permite com que as empresas vendam e ofereçam um prazo um pouco maior para o pagamento, já que ela acaba ficando menos dependente do recebimento do dinheiro propriamente dito.

Outro ponto muito importante que deve ser observado a partir da reserva de capital de giro é que este dinheiro permite com que as empresas se aproveitem da sazonalidade para comprar determinados itens que são mais baratos em determinadas épocas do ano mas que vão acabar gerando receita apenas mais pra frente.

Tipos de capital de giro

Para quem está começando no mudo da gestão, é muito importante entender melhor algumas definições e conceitos que vão ajudar não apenas no dia a dia da companhia mas especialmente quando as pessoas desejam buscar crédito no mercado ou, até mesmo, conseguir investidores, uma vez que, nestes momentos, pode ser exigido um planejamento financeiro.

Existem basicamente dois tipos diferentes de capital de giro que podem ser encontrados no mercado:

Capital de giro ativo circulante: Este é considerado como todo bem ou capital que a empresa já tem ou deve receber em curto prazo (no máximo de um ano), como dinheiro em caixa e na conta bancária, aplicações financeiras, duplicadas, contas a receber e itens em estoque;

Capital de giro passivo circulante: Essa é toda dívida ou obrigação que a empresa deve pagar em até um ano, como contas a pagar, boletos de fornecedores, folha de pagamento, impostos, empréstimos, etc.

Diante destas definições, é muito importante entender as seguintes diferenças: enquanto o capital de giro se restringe às movimentações operacionais do negócio, o capital de giro líquido considera todos os ativos e passivos de curto prazo.

Como calcular o capital de giro de uma empresa?

Essa é uma conta muito importante, mas que muitas vezes acaba sendo deixada de lado pelos empresários. Inclusive acaba sendo muito recomendado que essa seja uma informação disponibilizada nos planos de negócio ou projetos de empresa, durante os momentos nos quais as pessoas ainda estão formatando a empresa.

Para chegar neste valor, será precioso, antes de mais nada, fazer um levantamento de todos os custos fixos que o negócio terá, incluindo folha de pagamento, custos de veículos, aluguéis e contas de água, luz e internet. Além disso, também será preciso fazer um levantamento de quanto será preciso vender para que todas as despesas sejam pagas e sobre lucro.

Em termos de cálculos médios gerais, o montante para capital de giro seria algo em torno de 60% do total de ativos, com a seguinte fórmula:

Capital de Giro Líquido (CGL) = Ativos Circulantes (AC) - Passivos Circulantes (PC)

Mas é importante ressaltar que existem diferenças entre casos e empresas, sendo recomendado obter uma ajuda profissional ou de entidades de apoio ao empreendedor, como o Sebrae.