O que é holding? Entenda para que serve e os principais tipos

Estrutura jurídica é constantemente utilizada para proteger patrimônio.

Publicado em 14/10/2025 por Rodrigo Duarte.

Anúncios

A holding é uma estrutura jurídica que possui como principal objetivo ser utilizada como uma ferramenta que ajuda na administração e proteção de bens patrimoniais. A ideia é basicamente criar uma entidade na qual esses bens serão concentrados em um único “local”.

O que é holding? Entenda para que serve e os principais tipos
Créditos: Divulgação

De acordo com informações fornecidas pelo Mapa das Empresas, mantido pelo governo federal, em 2025 existem mais de 157 mil *holdings* ativas no Brasil, sendo que a grande maioria delas é de natureza não financeira. Trata-se de um instrumento que passou a ser bastante adotado em diversas situações, especialmente dentro de um plano sucessório.

Anúncios

Entenda melhor como funciona esse tipo de mecanismo e conheça quais são os principais tipos disponíveis na constituição brasileira.

Como funciona uma holding?

A holding frequentemente acaba sendo classificada como uma estrutura jurídica, mas pode ser definida também como um tipo de empresa. O principal objetivo é concentrar bens ou participações societárias em uma única estrutura. Ela pode ser utilizada tanto para facilitar a gestão patrimonial quanto a organização empresarial de uma forma geral.

Quando as pessoas físicas, normalmente as famílias, criam holdings, basicamente elas estão querendo uma estrutura que permita reunir bens como imóveis, veículos e investimentos em uma única figura jurídica. Com isso, o processo de transmissão de bens para herdeiros pode acabar se tornando muito mais simples.

Anúncios

Já quando são criadas por empresas, pode ser utilizada como matriz que controla diferentes subsidiárias, de maneira a definir estratégias e ampliar a eficiência administrativa.

Como qualquer outro CNPJ, as holdings acabam tendo pessoas físicas que são sócias, e que acabam tendo direitos a todo o patrimônio que está concentrado nessa figura jurídica. E, como uma empresa, ela também acaba tendo uma série de obrigações e burocracias.

Ou seja, uma holding precisa ter um ou mais administradores que terão como principal objetivo manter uma contabilidade regular, entregar todas as declarações fiscais que possam ser exigidas ou solicitadas, e também cumprir outras exigências que podem ser feitas por órgãos como a Junta Comercial e a Receita Federal.

Tipos de holdings

Holding familiar

Uma holding familiar pode ser criada quando o principal objetivo da figura jurídica é o de gerir o patrimônio de uma ou mais pessoas dentro de um mesmo grupo familiar. Normalmente ela é criada para facilitar o processo de transmissão de bens quando eles possuem um valor considerável.

Holding patrimonial

Já esse tipo de holding normalmente acaba sendo criada pelas empresas, com foco na administração dos bens incluindo imóveis, veículos ou investimentos. A sua criação normalmente faz parte de uma estratégia financeira e tributária, que tem como objetivo tornar mais efetiva a gestão e obter benefícios fiscais e tributários.

Outros tipos de holding:

  • Pura: criada apenas para controlar participações em outras empresas;
  • Mista: controla empresas e ao mesmo tempo exerce atividade própria;
  • De controle: mantém participação majoritária em companhias do grupo;
  • De participação: adquire participações minoritárias em várias sociedades;
  • Administrativa: estrutura voltada para a governança e decisões estratégicas.

Principais benefícios de ter uma holding

  • Proteção do patrimônio: A partir do momento que um determinado conjunto de bens passa para uma holding, existe uma separação dos bens pessoais, e isso protege imóveis, veículos e outras participações de processos e punições que possam ser aplicados individualmente.
  • Ajuda no planejamento sucessório: Heranças com um grande volume de bens e ativos podem acabar se tornando muito complexas e demoradas. Uma holding pode tornar o processo mais fácil, além de proteger esses bens durante todo esse tempo, até que os herdeiros consigam ter acesso ao que é de direito.
  • Organização tributária: Dependendo da forma como essa holding for organizada, ela pode acabar reduzindo a quantidade de impostos que precisam ser pagos pelos bens individuais.
  • Melhora a gestão: Para as figuras que se tornam responsáveis pela gestão desses bens e ativos, as holdings acabam ajudando bastante, facilitando a visualização e administração de uma forma geral.

Principais riscos de manter uma holding

  • Custos: Uma holding normalmente passa a se tornar interessante apenas a partir do momento que a quantidade de bens administráveis se torna relevante diante do custo para estruturar e manter essa figura jurídica, que é bem elevado.
  • Burocracia contábil: As holdings exigem um certo conhecimento para sua administração, uma vez que elas funcionam como empresas, mas possuem regras específicas. Por isso, normalmente uma empresa contábil especializada acaba sendo contratada para esse processo de gestão.
  • Mudanças na legislação: As leis e regras adotadas para tributar essas figuras jurídicas podem mudar com velocidade. Isso exige um acompanhamento justamente para entender se a estrutura ainda faz sentido do ponto de vista dos custos.
ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.