Empréstimo empresarial: Saiba o que não deve ser feito antes de pedir o crédito.
Confira os principais erros que os empresários cometem ao pedir dinheiro.
A tomada de crédito nas instituições financeiras parece sempre ser uma solução muito tentadora para as empresas que estão começando a sua jornada e quase sempre acabam se vendo em uma situação complicada em relação ao dinheiro disponível, especialmente para custear as operações do dia a dia. Afinal de contas, na grande maioria dos casos de quem está abrindo uma pequena empresa, os gastos no começo costumam superar, e muito, o faturamento.
Com isso, tomar um ou mais empréstimos em bancos pode parecer uma solução interessante, uma vez que este dinheiro circulando dentro do negócio pode, de fato, conseguir impulsionar para que ele passe a faturas mais. Em alguns casos funciona, mas são muitos os casos em que os empreendedores acabam se endividando.
Confira o que não fazer antes de tomar pedir um empréstimo para sua empresa:
Não avaliar a situação da empresa
Antes de mais nada, a decisão de tomar um empréstimo deve sempre ser baseada na real situação financeira e administrativa da empresa, e não da situação financeira do ou dos sócios, um erro muito comum. A capacidade para o pagamento deve sempre vir das finanças da empresa, e não das garantias fornecidas por quem é o responsável pelo CPNJ.
É muito importante fazer projeções dos faturamentos da empresa para entender bem qual será a capacidade do negócio para quitar com essa dívida. Além disso, também é importante colocar no papel informações básicas sobre qualquer negócio, como balanço patrimonial, com todas as despesas, rendas, fluxo de caixa, estoques, etc.
Não fazer simulações a partir do dinheiro que entra
Quando uma empresa ganha um aporte de recursos, seja ele de qualquer espécie mas especialmente os de um empréstimo, que se converte em uma dívida que vai precisar ser paga, é muito importante que os seus sócios ou equipe administrativa faça simulações sobre qual será o estado da empresa a partir da entrada deste dinheiro.
Mas também é importante fazer essas simulações em relação a tomada do empréstimo propriamente dita, sabendo exatamente quanto aquele dinheiro vai custar para os cofres da companhia. A partir destas informações o empresário também acaba tendo algumas novas possibilidades, como saber se vale a pena fazer a antecipação do pagamento das parcelas, por exemplo.
Não confirmar os valores das taxas que estão sendo cobradas
O responsável pela tomada do empréstimo para uma empresa acaba tendo como principal responsabilidade saber exatamente o que está sendo feito no momento da assinatura do contrato. E isso vale especialmente para o custo efetivo da operação, que vai fazer com que a pessoa tenha real conhecimento de quanto aquilo vai custar.
Muitos empresários acabam fugindo destes dados pois, na grande maioria dos casos, eles assustam, tanto pelas altas taxas que costumam ser cobradas no mercado financeiro brasileiro como também com o valor final que terá que ser devolvido e que, tranquilamente, será muito superior ao valor tomado como empréstimo. Mas eles devem ser levados em consideração de forma detalhada, incluindo as taxas de juros, os impostos que deverão ser pagos, multas sobre possíveis atrasos, etc.
Não pesquisar sobre a fonte do crédito
Salvo quando os empresários estão recorrendo a instituições que realmente são conhecidas e tradicionais dentro do sistema financeiro do país, como os bancos públicos ou mesmo os privados mas que atuam no país a décadas, é muito importante saber exatamente de quem está sendo tomado o empréstimo, especialmente quando existem determinadas condições que precisam ser cumpridas para que o dinheiro seja efetivamente liberado.
Hoje em dia temos muitas opções de empresas que fornecem empréstimo online, por exemplo, algumas com ofertas bastante tentadoras, mas que podem acabar sendo tentativas de golpes.
Fazer empréstimo pessoa física
O empréstimo para a empresa deve sempre ser tirado no nome da mesma, através do seu número de CNPJ. Muitos destes empréstimos acabam tomando como alguma garantia o nome do sócio ou algum patrimônio, sendo que esta sempre é uma possibilidade a partir da avaliação feita pelos mesmos. Mas nunca tire empréstimos pessoa física, no seu CPF ou no de qualquer outra pessoa, para custear as operações de uma empresa.