Empréstimo X financiamento: entenda as diferenças das duas operações

Duas modalidades estão entre as principais quando o assunto é liberação de crédito.

Publicado em 17/03/2025 por Rodrigo Duarte.

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O empréstimo e o financiamento estão entre as modalidades de crédito mais comuns disponíveis no mercado financeiro para os clientes de ambos os perfis. Mas, apesar de os serviços acabarem tendo algumas semelhanças, eles possuem algumas diferenças fundamentais, e que devem ser compreendidas especialmente pelos clientes dos bancos e das financeiras.

Empréstimo X financiamento: entenda as diferenças das duas operações
Créditos: Depositphotos

Entenda quais são as principais diferenças entre empréstimo e financiamento:

O que é um empréstimo?

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Basicamente, um empréstimo é um tipo de operação na qual as pessoas tomam uma determinada quantidade de dinheiro emprestada de uma determinada instituição financeira. Essa devolução acontece normalmente a partir do pagamento das parcelas acordadas no momento da assinatura do contrato.

As parcelas acabam sendo compostas pela parte do dinheiro que foi tomado somado aos juros e às taxas que o banco está cobrando dos seus clientes. A partir do momento da tomada do empréstimo, o cliente precisa saber exatamente o que vai ser cobrado a partir daquela operação, tanto em relação aos juros quanto às taxas e possíveis impostos.

As diferentes modalidades de empréstimo que podem ser encontradas no mercado financeiro estão basicamente relacionadas com o tipo de garantia tomada pela instituição financeira. No caso do empréstimo pessoal, por exemplo, a garantia acaba sendo basicamente o nome do cliente. Já no consignado, a garantia acaba sendo o salário ou outro benefício recebido, uma vez que as parcelas são descontadas diretamente em folha.

O que é um financiamento?

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Já um financiamento, apesar de ser muito parecido com um empréstimo, especialmente em relação à forma como esses pagamentos são feitos, ele possui algumas regras diferentes. Nesse caso, o banco ou a financeira também acaba emprestando uma determinada quantidade de dinheiro, mas essa importância acaba sendo enviada diretamente para a empresa que está vendendo um determinado bem ou serviço que será financiado.

Por exemplo, quando o consumidor está financiando a compra de um carro, o valor do bem será diretamente repassado para a concessionária ou revendedora. Essa, por sua vez, recebe o pagamento pela venda e libera o veículo para o cliente, que assume o compromisso de fazer os pagamentos das parcelas nos dias em questão.

Quais as diferenças entre financiamento e empréstimo?

Com isso, temos a grande diferença dessas duas operações no mercado financeiro. Enquanto no empréstimo as pessoas recebem um determinado valor tendo a liberdade de gastar ele da forma como desejar e precisar, na operação de financiamento esse valor deve ser direcionado especificamente para a compra de um bem ou de um serviço.

Na prática também existem algumas outras diferenças nos dois serviços financeiros. O empréstimo, por exemplo, acaba sendo uma operação que envolve apenas duas partes: o cliente do banco ou da financeira e a instituição que está liberando o dinheiro. Os pagamentos são feitos diretamente e, dependendo do tipo de empréstimo, pode haver o comprometimento de algum bem deixado como garantia.

Já no caso do financiamento, estamos falando sempre de três partes envolvidas: o comprador, o vendedor e a instituição financeira que vai ser basicamente uma intermediária. Além disso, nesses casos, existem algumas regras específicas que acabam sendo aplicadas, como a de alienação do bem, que basicamente inclui a financeira como detentora de direitos sobre o bem, no caso de não pagamento das parcelas.

Como escolher entre um empréstimo e um financiamento?

Na grande maioria dos casos, os clientes acabam sendo direcionados para a melhor opção de acordo com o seu objetivo. Quando ele estiver precisando de dinheiro na sua conta, seja para comprar alguma coisa que não pode ser financiada, ou para o pagamento de contas, o empréstimo acaba sendo a única opção.

Mas, quando o cliente estiver comprando um veículo ou um imóvel, por exemplo, normalmente a única opção disponível e também a mais barata acaba realmente sendo o financiamento. Como essas operações normalmente exigem uma quantidade maior de dinheiro, o que acaba acontecendo é o financiamento com a tomada de garantia do próprio bem, tornando a operação um pouco menos arriscada para a instituição financeira como um todo.

Já no caso em que os clientes podem optar por qualquer uma das duas modalidades, é importante levar em consideração algumas características:

Custo efetivo da operação: Esse será o valor final total que o cliente vai pagar quando terminar o contrato de empréstimo ou de financiamento, incluindo todos os juros e as taxas. Esse valor final deve ser levado em consideração para que as pessoas saibam, de fato, quanto estão pagando;

Tempo de pagamento: Quanto mais tempo a pessoa passar pagando, a tendência é de que os valores das parcelas mensais sejam menores, mas o custo total seja maior, pois os juros tendem a ficar mais elevados à medida que o pagamento demora mais para ser feito.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.