Banco Central antecipa nova função do Pix. Recurso deve ser liberado em breve.
Nova forma de pagamento deve agradar quem utiliza o Pix no dia a dia.
O Pix conseguiu se tornar rapidamente um grande sucesso entre os brasileiros. A ferramenta de transferenciais e pagamentos acabou rapidamente se tornando a principal escolha das pessoas no momento do pagamento das mais variadas compras, uma vez que depende apenas do smartphone, que está sempre em posse das pessoas nos dias de hoje. E, em breve, as pessoas terão acesso a novos recursos com essa ferramenta.
De acordo com as informações que foram divulgadas nesta semana pelo então presidente do Banco Central, Campos Neto, em breve o consumidor poderá fazer compras na função crédito via Pix. Com isso, os clientes poderão centralizar ainda mais as operações utilizando este método, dispensando assim a necessidade de estar em posse do cartão de crédito.
Você vai juntar o Pix e outros produtos, lembrando que você vai poder começar a poder fazer crédito no Pix, então, em algum momento, no futuro, você não precisará ter cartão de crédito, poderá fazer tudo no Pix”, afirmou Campos Neto nesta tarde em evento em Curitiba promovido pela Associação Comercial do Paraná.
Junto com a opção de compra no formato crédito, o Banco Central também já está analisando uma outra ferramenta que vai permitir o pagamento via Pix internacionalmente, conectando este método de transferência com outras plataformas e facilitando pagamentos sem que seja preciso depender de uma única moeda.
Agregador financeiro
O Banco Central está de olho também em outras ferramentas e recursos que devem tornar este ambiente do Pix como uma verdadeira central financeira dos usuários, concentrando diversas possibilidades no que está sendo chamado de agregador financeiro. “No agregador financeiro, você não precisará mais ter um app [aplicativo] para cada banco. Você poderá ter apenas um [aplicativo], que vai centralizar todos os produtos com portabilidade e competitividade em tempo real”, declarou Campos Neto.
Pix Automático
Enquanto isso, seguem em desenvolvimento alguns recursos que já haviam sido anunciados anteriormente para o Pix para que ele acabe substituindo outras formas de pagamento que se tornaram tradicionais, como o débito automático nas contas bancárias de determinados serviços que possuem uma cobrança recorrente.
O Pix Automático é um destes recursos que parece estar em uma fase bastante avançada de testes e desenvolvimento. De acordo com o calendário que havia sido divulgado anteriormente, essa funcionalidade começaria a ser disponibilizada para os clientes a partir de setembro deste ano de 2023, mas ainda dependa das ferramentas de integração que precisam ser desenvolvidas pelas empresas de pagamento.
De acordo com o que já havia sido divulgado pelo Banco Central, o Pix Automático poderá ser utilizado para pagamentos como: contas básicas de água, luz ou telefone, assinaturas recorrentes de streaming, televisão, etc, e outros tipos de pagamentos de serviço por assinatura que o cliente venha ter.
Pix consolidado
A ferramenta realmente acabou se tornando parte da rotina de grande parte dos brasileiros. De acordo com os dados que foram divulgados pelo Banco Central, até o mês de maio de 2023, o Pix já acumulava mais de 149 milhões de usuários no Brasil, sendo mais de 137 milhões de pessoas físicas.
O Pix foi lançado oficialmente para o público no mês de novembro de 2020. Apenas no primeiro mês de funcionamento foi contabilizado uma quantia de R$ 83,4 milhões em movimentação financeira. Já no mês de maio de 2023, que possuem os dados mais recentes consolidados e divulgados pelo BC, a quantidade de dinheiro movimentado utilizando essa forma de transação já supera a de R$ 1 trilhão em um único mês.
A região do país que mais concentra as transações feitas por Pix é a Sudeste, com 42% do total de movimentações feitas no país inteiro, seguido pela região Nordeste com 26% do total.
Além disso, o Pix já está superando outras formas tradicionais de pagamento no comércio de uma forma geral. Em 2022, o total de transações realizadas com o pagamento instantâneo foi superior a 24 bilhões, passando os cartões de crédito (mais de 16 bilhões) e débito (15 bilhões).