Banco Central estuda novas formas de utilizar o Pix. Confira o que muda.

Pessoas poderão pagar estacionamento, transportes público e pedágios com essa transferência.

Publicado em 03/09/2023 por Rodrigo Duarte.

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O Banco Central divulgou algumas novidades e antecipou um pouco do que deve ser considerado como o futuro. Do Pix para os próximos meses. Além disso, o BC ainda divulgou alguns detalhes sobre como os brasileiros estão utilizando as transferências eletrônicas de dinheiro até o momento.

Banco Central estuda novas formas de utilizar o Pix. Confira o que muda.

Na próxima fase, a ideia é utilizar essa tecnologia, que acabou se mostrando como muito rápida e confiável, não apenas para transferir dinheiro eletrônico de uma conta para a outra, mas também para conseguir ajudar em pagamentos que são feitos no dia a dia e que, em muitos casos, estão inseridos nas rotinas das pessoas.

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O Banco Central quer, por exemplo, que as pessoas consigam utilizar o Pix para conseguir pagar, com agilidade, as passagens no transporte público, as taxas de pedágio e até mesmo o valor do estacionamento.

"O uso de novas tecnologias que tornam a experiência de pagamento ainda mais rápida pode ser benéfico principalmente em alguns casos de uso específicos, como pagamentos de pedágios em rodovias, estacionamentos e transporte público", diz o Banco Central. Além disso, também estão previstos o começo de operações internacionais que poderão ser feitas com o Pix, viabilizando remessas, pagamentos entre empresas e pagamentos de compras de bens e de serviços no exterior.

Como está o sistema de crédito do Pix?

O Banco Central já havia anunciado anteriormente que a instituição estava em desenvolvimento avançado para a ativação do sistema de compra no crédito utilizando o Pix. Basicamente será uma forma de começar a fazer as compras e que pode, até mesmo, substituir o cartão de crédito.

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No relatório de gestão do PIX, divulgado nesta segunda, o BC informou que existe a possibilidade de "estabelecer regras padronizadas que viabilizem a utilização de mecanismos de garantia vinculados às transações de pagamento, possibilitando que o PIX seja utilizado para pagamentos a prazo ou parcelados, mitigando o risco de crédito do recebedor em eventuais situações de inadimplência do pagador".

O Banco Central também afirma que está acompanhando o desenvolvimento e a oferta de soluções financeiras no mercado que permitem com que as pessoas realizem determinadas transações envolvendo o Pix e o cartão de crédito. É o caso de carteiras como o PicPay, que permite com que a pessoa faça um pix utilizando o cartão de crédito, podendo ainda parcelar o valor do pagamento.

"O BC monitora a evolução desse mercado e o uso dessas soluções, podendo, futuramente, caso julgue necessário, decidir pela criação de um produto único ou pela definição de regras mínimas a serem observadas pelas instituições", acrescentou o BC.

Curiosidades sobre o Pix

Juntamente com todas essas informações relacionadas ao futuro do Pix, o Banco Central, incluiu no relatório sobre a forma de pagamento algumas curiosidades e informações interessantes sobre a forma como os brasileiros estão utilizando a transferência eletrônica.

De acordo com os dados levantados, o maior Pix já realizado durante o tempo em que o serviço está disponível no Brasil foi de R$ 1,2 bilhão, em dezembro de 2022. Mas apenas esses foram os detalhes fornecidos pela movimentação financeira, uma vez que estes dados devem ser mantidos de forma sigilosa.

A média de valores das operações feitas via Pix entre pessoas físicas ficou em R$ 257 até o momento da consolidação das informações do relatório. Considerando todas as transações, desde o lançamento do Pix até dezembro do ano passado, quase 61% delas foram inferiores a R$ 100.

Já quando as informações levam em consideração apenas as transações via Pix que acontecem entre pessoas físicas, 93,1% dessas operações acabam ficando abaixo do valor de R$ 200. Já considerando transações apenas entre pessoas jurídicas privadas, ainda há certa concentração na faixa até R$ 500.

Outro dado divulgado sobre o Pix afirma que R$ 1,2 trilhão foi o valor transacionado em dezembro do ano de 2022, contra R$ 718 bilhões transacionados em dezembro de 2021, um aumento de 67% no valor transacionado. Além disso, 551 milhões de chaves foram registradas, sendo que alas pertencem a 77% da população adulta e 67% das empresas.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.