Brasileiros ainda podem recuperar cerca de R$ 7 bilhões. Saiba como.

Os brasileiros ainda podem recuperar mais de R$ 7 bilhões em valores que foram esquecidos e deixados para trás nas contas de bancos que foram abertas e que deixaram de ser utilizadas com o passar dos anos. A informação foi divulgada pelo Banco Central e tem como principal objetivo ressaltar a importância das pessoas realizarem os procedimentos que permitem com que estes valores sejam devolvidos para os seus donos de fato.

De acordo com os dados mais recentes que foram divulgados a partir da atualização do Sistema Valores a Receber (SVR), existe ainda uma quantia total de R$ 7,178 bilhões disponível para recuperação. Os dados revelam ainda que a maior parcela deste valor está nos bancos, que representam 37% do montante, somando mais de R$ 4,228 bilhões. Na sequência estão as administradoras de consórcios, com R$ 2,119 bilhões e cooperativas, com R$ 627,852 milhões.

Em relação aos valores que podem ser recuperados de forma individual pelos brasileiros, 63,07% dos brasileiros possuem o direito de resgatar valores de até R$ 10. 24,99% valores de R$ 10,01 e R$ 100, e ao fim, 10,18% podem ter a devolução de R$ 100,01 a R$ 1.000. Portanto, a grande maioria das pessoas acabam tendo o direito de resgatar até R$ 10,00.

Desde que o Sistema de Valores a Receber (SVR) foi liberado para o público brasileiro para que fosse possível ter acesso aos valores sem ter que consultar diretamente os bancos ou as empresas de uma forma geral, foram recuperados R$ 4,432 bilhões pela população, contabilizando 14,475 milhões de pessoas físicas e 571,808 mil empresas beneficiadas. No mês de junho foram recuperados R$ 229 milhões.

Como recuperar o dinheiro esquecido?

Os procedimentos seguem os mesmos de quando o sistema foi lançado pela primeira vez para os brasileiros, e pode ser feito de uma forma completamente digital, sem que as pessoas tenham que ir fisicamente até um local.

O primeiro passo para o resgate do dinheiro é fazer uma consulta através do site do Sistema de Valores a Receber.

Nesta página, a consulta pode ser feita de uma forma muito simples e fácil, sendo que as pessoas não precisam informar dados cadastrais e nem senhas de outros sistemas. Basta informar o CPF e a data de nascimento da pessoa física. Também é possível consultar os dados de pessoas jurídicas. Neste caso, basta informar o CNPJ e a data de abertura da mesma.

Caso existam valores que possam ser solicitados para o CPF informado ou para o CNPJ, a pessoa vai ser lançada para uma nova página, na qual, de fato, poderá solicitar o resgate do mesmo. Neste caso, será preciso seguir estes procedimentos:

• Fazer login com a conta gov.br (vale destacar que, para valores de pessoa física, devido ao sigilo bancário, a conta gov.br precisa ser de nível prata ou ouro. Para valores de pessoa jurídica, precisa ter conta gov.br com o CNPJ vinculado (qualquer tipo de vínculo, exceto Colaborador);
• Escolher a opção apresentada em “Meus Valores a Receber”;
• Aceitar o termo de ciência;
• Visualizar os seguintes dados: valor a receber; nome e os dados de contato da instituição que deve devolver o valor; a origem (tipo) do valor a receber; e mais informações sobre o valor a receber, quando for o caso;
• Solicitar o valor;
• Visualizar o comprovante.

Para solicitar os valores, as pessoas terão três opções que poderão ser selecionadas:

“Solicitar por aqui” – Neste caso, basta selecionar uma de suas chaves Pix e informar os seus dados pessoais. Será gerado um número de protocolo, que deverá ser salvo, caso seja preciso entrar em contato com a instituição. O valor deve ser devolvido em até 12 dias úteis;

“Solicitar por aqui”, mas sem apresentar chave Pix disponível para seleção – Neste caso, será preciso entrar em contato diretamente com a instituição financeira pelo telefone ou pelo e-mail informado por ela para combinar a forma de devolução. Nesse caso, a instituição financeira não é obrigada a devolver o valor em até 12 dias úteis;

Não apresentar a opção “Solicitar por aqui” – Será preciso entrar em contato diretamente com a instituição financeira pelo telefone ou pelo e-mail informado por ela para combinar a forma de devolução. Nesse caso, a instituição financeira não é obrigada a devolver o valor em até 12 dias úteis.