Brasileiros ainda podem resgatar R$ 7,5 bilhões
Dinheiro ainda está disponível através do sistema de resgate de valores esquecidos.
O Banco Central divulgou recentemente novas informações relacionadas com atualizações dos valores que estão disponíveis no Sistema de Valores a Receber, que permite com que as pessoas tenham acesso a dinheiro que podem ter ficado para trás em contas que não estão mais sendo utilizadas.
De acordo com os dados que foram consolidados no final do mês de outubro, existe cerca de R$ 7,5 bilhões que ainda estão disponíveis. Do total de valores, R$ 6 bilhões são valores que estão disponíveis para cerca de 40,6 milhões de CPFs diferentes. Além disso, cerca de R$ 1,5 bilhão está disponível para cerca de 3 milhões de CNPJs.
Em relação aos valores que estão sendo liberados para cada CPF, ou CNPJ, eles ficam nas seguintes faixas:
- Entre R$ 0 e R$ 10 – 62,98%
- Entre R$ 10,01 e R$ 100 – 25,71%
- Entre R$ 100,01 e R$ 1.000 – 9,64%
- Acima de R$ 1.000,01 – 1,68%
Já em relação aos beneficiários por faixa de valores, os números consolidados são os seguintes:
- entre R$ 0,00 e R$ 10,00: 31.390.932 beneficiários
- entre R$ 10,01 e R$ 100,00: 12.813.948 beneficiários
- entre R$ 100,01 e R$ 1.000,00: 4.806.330 beneficiários
- acima de R$ 1.000,01: 835.394 beneficiários
De onde são os valores que aparecem no sistema do BC?
O dinheiro que acaba sendo disponibilizado neste sistema, na verdade, é um consolidado que foi possível apenas a partir da unificação dos dados eletrônicos, que são mantidos em proteção justamente pelos sistemas do Banco Central.
Os valores que aparecem vinculados ao número de CPF da pessoa física ou então do CNPJ das pessoas jurídicas acabam estando de posse das instituições financeiras, e o resgate acaba sendo diretamente junto as mesmas, mas através deste sistema informatizado.
Os valores acabam sendo obtidos das seguintes fontes:
- Contas corrente ou poupança encerradas com saldo disponível;
- Tarifas cobradas indevidamente;
- Parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente;
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários de cooperativas de crédito;
- Recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados;
- Contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
- Contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas com saldo disponível;
- Outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Como saber se tenho valores a receber?
A consulta segue sendo feita através de um site especificamente deste sistema criado pelo governo. Basta acessar essa página https://valoresareceber.bcb.gov.br/publico e preencher com o número do CPF ou do CNPJ e depois a data de nascimento da pessoa ou ainda a data de abertura da empresa. Lembrando que a consulta pode ser feita com dados tanto de pessoas vivas como de pessoas mortas.
Como fazer os resgates dos valores?
- Acesse o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no período de saque informado na primeira consulta. Caso tenha esquecido qual era o dia, é possível voltar ao sistema na repescagem.
- Faça login com a conta gov.br (nível prata ou ouro). O resgate é autorizado para quem tem conta acima do nível bronze. Se você ainda não tiver conta bronze, faça logo o cadastro ou aumente o nível de segurança no site ou no aplicativo gov.br (veja como fazer). A orientação do BC é não deixar para criar a conta e/ou ajustar o nível no dia de agendar o resgate.
- Leia e aceite o termo de responsabilidade.
- Verifique o dinheiro a receber, a instituição que deve devolver o valor e a origem (tipo) do valor. O sistema poderá fornecer informações adicionais, se for o caso.
- Clique em uma das opções indicadas pelo sistema:
- "Solicitar por aqui": para devolução do valor via Pix, em até 12 dias úteis. O usuário deverá escolher uma das chaves Pix, informar os dados pessoais e guardar o número de protocolo, caso precise entrar em contato com a instituição.
- "Solicitar via instituição": voltado para usuários que não têm Pix. Neste caso, será preciso entrar em contato pelo telefone ou e-mail informado para combinar com a instituição a forma de retirada.