Como ensinar educação financeira para as crianças? Confira algumas dicas.

A falta de uma educação financeira consolidada e efetiva em países como o Brasil custa bastante caro. Afinal de contas, todos os anos recebemos dados com números alarmantes sobre a grande quantidade de pessoas com dívidas, e o grande percentual destas que acabam entrando para o grupo de inadimplentes, com todas as dificuldades que isso traz para o cotidiano.

Mesmo diante de todas as dificuldades sociais que temos no Brasil, e que realmente acaba sendo a grande causa destes problemas, com salários baixos e custos de vida muito elevados, também existe uma falta de conhecimento e controle do dinheiro que acaba se tornando uma das causas de situações como esta.

Essa educação, de acordo com os especialistas que estudam sobre o tema, deve começar junto com a alfabetização infantil. É neste momento que um ser humano consegue aprender, de uma forma mais fácil, os conhecimentos necessários que servirão como base para toda sua vida. E aprender a lidar com o dinheiro, especialmente entendendo de fato o seu valor, é muito importante para os pequenos.

Quais são as vantagens de ensinar educação financeira para as crianças?

São diversas as vantagens que as crianças acabam tendo a partir do momento que entendem o devido valor do dinheiro e das formas que ele pode ser obtido na atual sociedade. A mais óbvia acaba sendo justamente conseguir planejar o futuro de uma forma mais efetiva, a partir de fatos e acontecimentos que realmente se apresentam no dia a dia das pessoas.

Além disso, a educação financeira pode acabar surgindo como uma ferramenta importante do controle e da gestão de conflitos que acontecem dentro de um núcleo familiar. Afinal de contas, crianças que não entendem o valor do dinheiro acabam, muitas vezes, exigindo muito dos pais, já que elas não conseguem quantificar o que significa ter um brinquedo novo todos os dias.

Diversas pesquisas indicam ainda que as crianças que conseguem manter uma educação financeira efetiva, tanto na escola quanto dentro do ambiente familiar, nos seus primeiros anos de vida, conseguem atingir metas mais facilmente durante a vida adulta, justamente por conseguir ter um maior controle para administrar o dinheiro.

Dicas para ensinar educação financeira para as crianças

Trabalhe com brincadeiras que incentive este tipo de pensamento

O lúdico realmente acaba tendo um grande poder para as crianças, e brincadeiras e jogos acabam ajudando bastante no aprendizado, uma vez que elas conseguem criar um ambiente simulado e controlado para aplicar os ensinamentos. No caso da educação financeira, as brincadeiras podem ser justamente simular o funcionamento das relações comerciais como uma brincadeira.

Criar uma lojinha ou um mercadinho de mentira para vender itens imaginários pode ser um om começo. Já crianças um pouco maiores podem aprender com jogos de cabeleireiro, com Jogo da Vida ou Banco Imobiliário. O importante é que as crianças consigam entender e aplicar as regras da vida real nestes momentos de jogos.

Utilize cofrinhos

Uma das lições mais importantes que uma criança pode aprender, no segmento de educação financeira, acaba sendo o conceito de economia e poupança. E nada melhor para isso do que ir utilizando o bom e velho cofrinho para guardar moedas e valores. Mas é importante que os adultos incrementem a brincadeira.

Dois elementos aqui podem se tornar interessantes: objetivo e recompensa. Os pequenos devem ser incentivados a economizarem para atingir um determinado objetivo. Além disso, eles devem se recompensados pelo seu esforço, no caso, a economia das moedas.

Ofereça uma mesada

Para as crianças maiores, a oferta de uma mesada pode acabar se tornando interessante, uma forma delas aprenderem, já na prática, como funciona o mundo real. Mas, neste caso, é interessante condicionar este ganho, como qualquer adulto que precisa trabalhar para receber.

A mesada pode ser condicionada as tarefas do dia a dia, ou a desempenho escolar. Mas é importante que elas saibam que precisam se esforçar para ter este dinheiro. E também é importante que, aos poucos, elas passem a receber algumas responsabilidades, como o pagamento de alguma conta de casa ou a compra de itens que todo mundo precisa, como roupas ou determinados tipos de alimentos que não sejam aqueles das refeições principais do dia a dia.