Despesas fixas: confira dicas para reduzir

A grande maioria dos planejamentos financeiros acaba tendo como principal foco a redução das despesas. Essa prática pode ser voltada tanto para a quitação de contas em atraso quanto para a criação de uma reserva de emergência ou o início de um plano de investimentos.

A partir da identificação dos gastos que fazem parte do cotidiano de qualquer pessoa, torna-se fácil separá-los em duas grandes categorias. A primeira delas consiste nas contas consideradas fixas, ou seja, aquelas que se repetem regularmente e têm valores mais previsíveis. Nesse grupo, estão incluídas as contas de consumo essenciais, como água, luz, telefone, internet e gás. Além disso, incluem-se também despesas como aluguéis, mensalidades de escolas e universidades, entre outras.

Na outra coluna, estão aquelas despesas consideradas variáveis. São gastos que as pessoas assumem ao longo de um determinado período, mas, uma vez quitados, liberam espaço no orçamento doméstico. Isso inclui, por exemplo, compras de bens de consumo realizadas no cartão de crédito, além de parcelamentos e financiamentos de produtos e serviços. Esses valores não são fixos e podem oscilar conforme o tempo, mas impactam diretamente o controle financeiro.

Mesmo as contas classificadas como fixas não necessariamente apresentam sempre o mesmo valor. E buscar reduzir os valores normalmente pagos nessas despesas pode ser uma maneira eficaz de liberar mais espaço no orçamento e permitir uma folga financeira para outros projetos.

Confira a seguir algumas dicas úteis que podem auxiliar tanto indivíduos quanto famílias inteiras a reduzirem os custos das chamadas contas fixas.

Incentive a redução do consumo de água, luz e gás

O primeiro passo é conscientizar todos os membros da residência sobre a importância de reduzir as contas de consumo de forma geral. Essa conscientização vale especialmente para a conta de luz, que nos últimos anos tem sido uma das que mais pesam no bolso das famílias, particularmente entre aquelas de classes econômicas mais baixas.

A adoção de algumas medidas simples pode fazer uma grande diferença. Trocar todas as lâmpadas por opções de LED ou econômicas, por exemplo, é uma medida prática que gera economia. Além disso, investir em eletrodomésticos que tenham um selo de economia de energia pode ajudar a reduzir a conta, pois muitos desses itens ficam ligados durante boa parte do dia.

Reduzir o tempo de banho também é uma prática que contribui tanto para a economia de luz quanto para a de água. No caso do ar-condicionado, uma alternativa é reduzir seu uso, ou então garantir que o ambiente esteja sempre fechado enquanto o aparelho estiver ligado, para otimizar o consumo de energia.

Revise planos de telefonia e internet

Hoje em dia, planos de internet e de telefonia móvel são considerados essenciais para a grande maioria das pessoas, independentemente de serem indivíduos isolados ou membros de um núcleo familiar. Geralmente, esses serviços têm valores fixos, determinados a partir do plano contratado.

No entanto, é recomendável revisar esses contratos de tempos em tempos. Muitas operadoras oferecem descontos e benefícios para clientes antigos que demonstram interesse em continuar com a mesma empresa. Além disso, novas empresas, especialmente na área de internet, frequentemente surgem no mercado, oferecendo pacotes mais acessíveis e com condições atrativas.

Revise os planos de assinatura

Uma revisão importante nos dias atuais é a dos serviços de assinatura, que se tornaram gastos fixos no orçamento de muitas famílias. Pode ser interessante verificar se todos esses serviços realmente estão sendo utilizados da maneira esperada.

Os serviços de streaming, por exemplo, são muito populares, mas, muitas vezes, as pessoas acabam assinando mais plataformas do que conseguem consumir de fato. Dessa forma, avaliar a relevância de cada assinatura pode ser uma maneira de cortar despesas desnecessárias e priorizar o que realmente importa.

Cuidado com os pedidos de comida

A alimentação é um gasto fixo para qualquer família, mas que pode variar bastante em função dos hábitos e das preferências. Embora todos precisem se alimentar, os valores despendidos com comida podem ser significativamente diferentes de uma família para outra. Esse gasto se torna ainda mais elevado quando há um aumento das refeições fora de casa ou de pedidos de comida por aplicativos de delivery.

Os aplicativos de delivery, como o iFood, facilitaram muito o acesso a refeições rápidas e prontas, tornando-se bastante populares. Contudo, o fato de os pedidos serem feitos de maneira prática e rápida pode acabar incentivando o descontrole financeiro. Uma dica é estabelecer limites mensais para pedidos e reservar refeições caseiras para a maioria dos dias, o que contribui para uma economia considerável ao longo do tempo.

Adote formas alternativas de transporte

Os gastos com transporte são uma parte relevante do orçamento doméstico e têm impacto em grande parte das famílias, especialmente em regiões metropolitanas e centros urbanos de médio e grande porte. Com o surgimento dos aplicativos de transporte, uma nova forma de locomoção foi introduzida, especialmente para quem busca comodidade.

Apesar de os aplicativos terem se tornado populares, nem sempre são os principais responsáveis por altos custos. Dependendo da situação, o transporte público pode ser uma alternativa mais econômica para alguns trajetos. No entanto, em outros casos, os aplicativos podem até representar uma economia.

Por exemplo, se a pessoa se desloca frequentemente utilizando um veículo próprio, os aplicativos de transporte podem significar uma economia ao evitar gastos recorrentes com manutenção do carro, combustível e estacionamento. Para muitos, alternar entre transporte público e aplicativos pode ser a combinação ideal para otimizar o orçamento, ajustando o transporte às necessidades reais.