Dinheiro traz felicidade? Confira a fórmula matemática que responde.
Pesquisadores buscaram criar uma forma de entender até onde o dinheiro torna as pessoas mais felizes.
O dinheiro movimenta o mundo e isso ninguém pode negar. Existem aquelas pessoas que acabam tentando nadar contra essa maré, o que acaba apenas tornando a jornada mais cansativa. O fato é que as pessoas precisam trabalhar e ganhar dinheiro para conseguirem se manter vivas dentro da organização social criada pela humanidade e que não deve mudar, pelo menos pelos próximos mil anos.
O fato é que o dinheiro pode acabar se tornando muito mais do que apenas um meio de sobrevivência. De fato, o acumulo desta convenção que chamamos de dinheiro e que permite com que as pessoas comprem coisas acaba sendo um dos principais responsáveis por alguns dos principais problemas enfrentados no mundo, como a violência.
Muitas pessoas acabam ganhando muito mais dinheiro do que podem gastar e, mesmo assim, seguem buscando cada vez mais recursos, enquanto que outras pessoas acabam se sentindo plenamente satisfeitas apenas com o dinheiro que permita com que ela viva com algum tipo de dignidade.
Mas, afinal de contas, o dinheiro realmente traz felicidade? Essa é uma das perguntas mais feitas pela sociedade e que costuma ser o ponto de partida para inúmeras histórias de ficção criadas. Enquanto alguns defendem que sim, o dinheiro é a principal fonte de felicidade e satisfação, outras pessoas afirmam que não, o fato de ter dinheiro realmente não é o que vai definir se uma pessoa realmente vai ser feliz.
Pensando em tentar responder essa questão, um grupo de pesquisadores tentou entender melhor o que está por trás da questão e criou uma espécie de fórmula matemática que pode ajudar a entender até que ponto o dinheiro realmente pode trazer a felicidade.
Satisfação difícil de perseguir
De acordo com Jan-Emmanuel De Neve, professor de Economia e Ciências Comportamentais da Universidade de Oxford, o dinheiro pode ser classificado como um facilitador para que as pessoas tenham uma vida decente, e isso acaba sendo um dos principais componentes para uma vida feliz.
Mas, se engana que apenas o fato de ir ganhando mais dinheiro vai tornando as pessoas mais felizes de forma proporcional. Na verdade, De Neve, que dedicou seu tempo para fazer uma boa pesquisa sobre o tema, afirma que quanto mais a pessoa vai ficando rica, cada vez menos a sua felicidade vai estar relacionada com o acumulo de recursos.
Relação “logarítmica”
A pesquisa conduzida pelo professor de Oxford afirma que dinheiro e felicidade acabam tendo uma relação logarítmica, quando eles são colocados dentro de uma expressão mais matemática. E ele dá o seguinte exemplo: Se a pessoa tem um salário de R$ 7 mil e passa a ganhar R$ 14 mil, ela vai ficar bem feliz. Mas se ela dobrar o salário para R$ 21 mil, o grau de felicidade não vai ser o mesmo do que o causado pelo primeiro aumento.
Para que as pessoas conseguissem realmente atingir um grau de felicidade equivalente, no caso do exemplo citado acima, ela teria que dobrar o salário novamente, ou seja, passar de R$ 14 mil para R$ 28 mil, e assim sucessivamente.
Limite de felicidade
O pesquisador vai além e afirma: depois de um determinado tempo ou de uma determinada quantidade de dinheiro, a felicidade que se obtém com o ganho de dinheiro começa a diminuir a ponto de que a pessoa nem mesmo consegue sentir mais a diferença. Ele até conseguiu definir um número, que no caso do Reino Unido seria o equivalente a ter um salário de R$ 64 mil.
Fatores extras
De Neve afirma que, depois que as pessoas conseguem ter o dinheiro que garante uma vida básica digna e uma certa dose de conforto, que sempre vai variar de acordo com a pessoa, existem outros fatores que acabam se tornando muito mais decisivos para se conquistar o que é chamado de felicidade, como:
- Ter uma boa relação com outras pessoas dentro de uma determinada comunidade;
- Ser sentir parte de algo que a pessoa considere “maior do que ela mesmo”;
- Se tornar resistente a situações difíceis que a vida acaba imponto para todos, independente da situação financeira;
- Ter autonomia para tomar as principais decisões para controlar sua própria vida;