Especulação financeira: Entenda melhor o que é essa prática.

Entenda quando essa estratégia pode acabar se tornando um crime.

Publicado em 18/05/2023 por Rodrigo Duarte.

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O termo especulação financeira é bastante famoso, sendo explorado não apenas no mundo da ficção mas também nos noticiários econômicos de uma forma geral. Em determinados casos, ele pode acabar sendo utilizado como uma referência para uma estratégia financeira utilizada pelas pessoas que querem ganhar dinheiro rapidamente. Mas, em outros casos, o termo acaba sendo vinculado a atividades criminosas.

Especulação financeira: Entenda melhor o que é essa prática.

Mas, de uma forma geral, basicamente especulação financeira é um termo que pode ser utilizado para uma série de práticas, sempre visando tentar ganhar uma grande quantidade de dinheiro em um período curto de tempo.

O que é especulação financeira?

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De uma forma geral, essa é considerada como uma prática comum no mercado financeiro. E, na grande maioria dos casos, não pode ser considerado um crime e nem mesmo uma prática errada, sendo apenas uma das diversas estratégias que as pessoas utilizam para ganhar dinheiro no mercado.

A estratégia de especulação, de uma forma mais ampla, significa a compra ou a venda de ativos com objetivo não ao seu uso de forma direta, mas á sua venda futura com lucro, sob condições de incerteza. Existem diversas definições que podem ser encontradas sobre as pessoas que são definidas como especuladoras. Uma das mais famosas é do escritor Jesse Livermore, no livro “Um Notório Especulador”:

“O especulador não é um investidor. Seu objetivo não é garantir um retorno consistente ao capital aplicado em uma boa taxa de juros, mas sim lucrar tanto no aumento ou numa queda de qualquer mercado que ele possa estar especulando.” Portanto, a especulação acaba envolvendo palpites sobre a flutuação de preços e a anterior ação visando o lucro, que pode ser a compra ou a venda de ativos.

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Existem algumas características básicas da especulação financeira. Além de uma estratégia que busca ganhos acima da média do mercado, essa é uma ação que também nunca visa a preservação de capital, portanto é considerado como um movimento de alto risco. Essas estratégias também possuem objetivos de curto prazo.

Qual a diferença entre especulação e investimentos?

Mesmo que a prática de especulação quase sempre seja feita por pessoas que também são consideradas como investidoras, é importante sempre salientar que as duas práticas não são a mesma coisa. Especulação acaba sendo muito diferente de investimento.

Quando as pessoas decidem entrar para o mundo da especulação, elas estão arriscando o tempo inteiro. Mesmo que ela tenha uma boa quantidade de informações que permitam com que elas façam escolhas que tenham maiores chances de se concretizarem em lucro no futuro, elas sempre vão correr um grande risco.

Já os investimentos geralmente possuem outras características, como a possibilidade da pessoa ir recebendo ganhos lentos e consistentes ao longo de um determinado período. Mesmo que o investidor possa ter um perfil mais arrojado e faça escolhas de investimentos que tenham um risco maior, um bom investidor vai sempre conseguir montar uma estratégia que tenha um mix de produtos mais rentáveis com as opções mais seguras.

O especulador precisa, por exemplo, estar sempre fazendo uma série de negociações que permitam com que ele consiga aproveitar as mais variadas oportunidades que surgem no mercado. Já os investidores costumam manter os seus ativos depois de comprados por um tempo, exceto aquelas opções de investimento que são negociadas mais rapidamente.

Especulação financeira é crime?

Quando o especulador apenas se utiliza das ferramentas que estão disponíveis no mercado financeiro, ele não está cometendo nenhum tipo de crime. O que pode acabar sendo considerado crime é quando, além de especulador, a pessoa também acaba produzindo resultados inadequados ou ainda se antecipando na compra e venda de ações ou outros ativos diante de informações consideradas como sigilosas e que não tinham sido divulgadas para o público de uma forma geral.

Muitos especuladores acabam tendo estratégias desesperadas para conseguir inflar o preço de determinados ativos, como ações, antes de negociar. E algumas dessas táticas podem, de fato, serem consideradas como crime. Um exemplo clássico é a manipulação nas informações que são passadas para a imprensa, ou ainda fraudes no balanço de empresas e na distribuição dos lucros.

Mas, tirando essas decisões consideradas como eticamente duvidosas e criminosas, em alguns casos, a especulação por si só é apenas mais uma prática no mundo financeiro.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.