Pix: 4 dicas para utilizar a forma de pagamento no comércio com mais segurança
Usuários devem ter atenção no momento da transferência do dinheiro.
O Pix já se consolidou como a principal forma de pagamento utilizada pelos brasileiros no dia a dia. A quantidade de transações feitas de forma eletrônica entre contas e que permite com que o dinheiro seja creditado no mesmo instante já superou a de métodos de pagamentos que são mais tradicionais, como o cartão de crédito.
Recentemente o Banco Central confirmou que o volume de movimentação financeira realizada através do Pix bateu um novo recorde. De acordo com os dados que foram liberados pela instituição, na última quarta-feira, dia 6, foram registadas 152,7 milhões de transações em um só dia e R$ 76,103 bilhões movimentados. O recorde anterior havia sido registrado no dia 4 de agosto, com 142,4 milhões de operações.
Os números, de acordo com uma nota emitida pelo Banco Central, “reforçam a forte adesão de pessoas e empresas ao PIX, meio de pagamento lançado pelo BC em novembro de 2020”. Recentemente a entidade divulgou mais informações sobre a forma como o pagamento deve se inserir ainda mais na rotina das pessoas, com a possibilidade de pagamentos feitos em transações como transporte público e também liberação de transações internacionais.
Mas que o método de pagamento ganhe mais força e permita com que as pessoas até mesmo evitem de ficar andando com o dinheiro físico, cabe ao comércio, de uma forma geral, aderir a este tipo de pagamento. A quantidade de empresas que aceita o pagamento é grande, mas ainda pode aumentar, pois também existe um movimento de resistência.
Empresas de pequeno ou de médio porte que ainda não possuem um grande grupo ou um grande sistema por trás que realize o trabalho de garantia de pagamentos ainda podem ter um certo receio de receber este tipo de pagamento, especialmente com medo de fraudes. Mas, para os comerciantes que pensam em aderir, existem algumas dicas de boas práticas que podem ajudar a reduzir os riscos.
Bloqueio do Pix
O sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central conta com uma série de ferramentas de segurança que funciona nos bastidores e que pode ser acionado no momento em que as pessoas precisam. Por exemplo, o comércio que adota este método de pagamento mas que suspeita estar sendo vítima de algum tipo de fraude pode solicitar o bloqueio do mesmo.
De acordo com o BC, as empresas podem notificar as instituições financeiras sobre a suspeite de fraude, que devem bloquear preventivamente os valores que foram utilizados em transações realizadas nas últimas 72 horas. Desta forma as empresas acabam reduzindo os riscos de perdas.
Defina e controle os limites de transações
Além disso, as empresas também devem ter um controle, junto à instituição financeira principal, dos limites de transações que podem ser feitas, especialmente naqueles horários que são considerados como fora do expediente comercial ou da hora de funcionamento da empresa especificamente. Caso aconteçam uma tentativa de transferência de um valor mais alto fora destes horários, é possível pedir o bloqueio em transações feitas nas últimas 72 horas.
O próprio Banco Central já conta com um sistema que é acionado automaticamente durante o horário considerado como noturno, que é das 20 horas às 6 horas da manhã do outro dia. Nestes momentos, as transações do Pix acabam passando por uma análise mais rigorosa.
Avisos de fraudes
Os registros de tentativas de fraudes devem ser feitos diretamente junto à instituição financeira em que a chave está cadastrada. O procedimento não identifica quem faz o alerta e permite, a outras instituições bancárias, registrarem uma marcação de alerta na chave pix, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta. O sistema permite ainda que as demais instituições financeiras que estão inseridas no sistema consultem as informações sobre as possíveis fraudes.
Sistema de cadastro antecipado
Uma outra ferramenta que deve ser utilizada pelas empresas que passam a receber pagamentos via Pix é um sistema chamado de cadastro antecipado. Ele pode ser solicitado também para a instituição financeira e permite que a empresa veja e conforme as informações do recebedor/fornecedor e, se de fato, é a conta correta e segura. Com isso, o sistema acaba criando uma outra camada de proteção que evita a transferência e os pagamentos para chaves inseguras e/ou desconhecidas sejam feitas.