Pix por aproximação: entenda como funciona e quando vai ser liberado
Função estará, em breve, disponível para todos os usuários.
O Pix acabou revolucionando a forma como os brasileiros lidam com dinheiro no dia a dia. As pessoas reduziram, ainda mais, o acesso à moeda física, preferindo as transferências eletrônicas para os pagamentos que são feitos no dia a dia. E uma das características desse sistema é que ele segue sendo melhorado e ampliado pelo Banco Central.

Já foram lançados diversos novos recursos para essa modalidade de pagamento eletrônico, incluindo a possibilidade de agendamento, a integração com outros sistemas de pagamentos, a possibilidade de fazer saques físicos utilizando o Pix em milhões de estabelecimentos, dentre outros. Agora, até o final desse mês de fevereiro, mais um recurso será oficialmente liberado para toda a rede.
Trata-se do Pix por aproximação, uma modalidade de pagamento muito parecida com o pagamento por aproximação que já está sendo utilizado há alguns anos nos cartões de crédito ou de débito. Isso promete deixar os pagamentos nos pontos de atendimento presenciais muito mais rápidos, não dependendo mais da leitura de QR Code.
Como vai funcionar o Pix por aproximação?
O sistema de pagamento de Pix por aproximação vai permitir que a transação seja finalizada apenas com a aproximação do dispositivo eletrônico da máquina que recebe os pagamentos. Mas, diferentemente dos cartões que contam com sistema próprio de comunicação, o Pix depende de smartphones. Portanto, esse será um recurso liberado apenas para os aparelhos que possuem NFC.
A partir do momento que o smartphone estiver devidamente habilitado para fazer essas operações, os usuários poderão confirmar o pagamento apenas aproximando o dispositivo da máquina, como já acontece com sistemas de carteiras digitais e os cartões de crédito e de débito que são utilizados com esse sistema.
De acordo com o Banco Central, o usuário terá apenas que liberar o telefone, utilizando o seu método de segurança cadastrado (senha, biometria, leitura facial, entre outros) e aproximar do dispositivo, sem ter que abrir a câmera para a leitura do QR Code ou informar dados manualmente.
Ainda de acordo com as regras, nesse primeiro momento o BC vai impor um limite de R$ 500 por transação para essa modalidade, e os usuários terão a possibilidade de ajustar esse limite nos aplicativos do próprio banco. Os usuários também poderão ajustar valores de limite diário.
Quais os dispositivos poderão utilizar o Pix por aproximação?
Para que os usuários consigam, de fato, ter acesso a esse recurso, eles terão que ter um dispositivo móvel que seja compatível com a tecnologia utilizada para os pagamentos por aproximação, que é o NFC. Esse protocolo é semelhante ao Bluetooth, mas a diferença é que ele permite a comunicação apenas quando os dispositivos estão muito próximos, garantindo mais segurança nas transações financeiras.
Além disso, os usuários terão que utilizar serviços de carteiras digitais de bancos e fintechs que implementarem essa funcionalidade. Todas que trabalham com o Pix devem liberar essa função, mas as empresas ainda acabam tendo um prazo para conseguir se adaptar e, de fato, liberar o recurso para os seus clientes.
Vale lembrar que não são apenas os celulares com suporte à tecnologia NFC (a maioria dos modelos intermediários e premium) que poderão ser utilizados nesse tipo de transação. Smartwatches e wearables habilitados para pagamentos por aproximação também poderão ser utilizados pelos usuários.
Como ativar o Pix por aproximação?
O passo a passo para ativar esse recurso vai variar de acordo com o banco ou com a carteira digital utilizada pelos usuários. Por isso, é muito importante ficar atento às orientações que devem ser disponibilizadas pelas empresas, através dos seus próprios aplicativos e meios de comunicação.
Normalmente, os aplicativos dos bancos e as carteiras digitais oferecem áreas específicas que concentram todas as funcionalidades do Pix. Nesse espaço, as empresas devem começar a disponibilizar uma configuração que permita ativar ou desativar a opção.
Além disso, nesse mesmo espaço as pessoas também poderão escolher algumas opções que estão diretamente relacionadas ao sistema de pagamento por aproximação, incluindo a definição de limite diário e por transação.
Os aplicativos dos bancos também são os responsáveis por validar o acesso e as informações com os métodos de segurança que estão disponíveis. Normalmente, esses serviços solicitam algum tipo de senha ou a liberação por biometria e outros métodos.
O Pix por QR Code vai deixar de existir?
Mesmo com a disponibilização do Pix por aproximação, o sistema que aceita os pagamentos por QR Code vai continuar existindo. Ele ainda deve ser útil nos casos em que os pagamentos podem ser feitos sem a utilização das maquininhas de cartões, que normalmente acabam sendo o terminal que consegue se comunicar com os dispositivos.
Além disso, o QR Code ainda pode ser impresso, para quem recebe pagamentos na rua, como ambulantes ou motoristas de aplicativos, por exemplo.