Preço do aluguel tem maior alta desde 2011. Confira dicas para economizar.

A situação não está nada boa para quem depende do aluguel para morar ou para manter um. Depois do período da pandemia, que fez com que muitos locatários tivessem que manter os valores sem qualquer tipo de reajuste ou perder inquilinos, agora a conta chegou.

De acordo com os dados do Índice FipeZap+, em 12 meses até fevereiro deste ano de 2023, o valor que está sendo cobrado pelas locações subiu 17,5%, em média, nas 25 cidades brasileiras que a pesquisa foi feita. Com estes dados, essa é a maior alta do valor de locação residencial acumulada em 12 meses nos últimos 11 anos.

Este aumento que foi registrado nos preços médios dos alugueis acaba sendo quase 10 vezes mais altos do que a alta acumulada no mesmo período pelo IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado, da FGV). Este índice sempre foi aquele utilizado como indicador da inflação dos alugueis, mas nos últimos 12 meses ele subiu apenas 1,86%.

Os especialistas afirmam que este aumento é resultado de uma mistura de fatores econômicos de um modo geral, incluindo a disparada dos juros básicos da economia que também fez com que aumentasse as taxas dos financiamentos imobiliários. Com isso, comprar um imóvel próprio se tornou ainda mais complicado, o que fez com que muita gente fosse buscar um imóvel para locar.

Em 12 meses até fevereiro, o metro quadrado subiu, em média, 5,79% em 50 cidades pesquisadas. A correção acompanhou praticamente a inflação geral da economia no mesmo período.

Outro fator que também acabou interferindo diretamente nesta procura por novos imóveis é o retorno das atividades presenciais, o que acabou se tornando realmente forte a partir do começo do ano passado. Ao contrário do que muitos pensaram, a grande maioria das empresas decidiram retornar aos trabalhos presenciais, ao invés de manter o trabalho remoto. Com isso, as pessoas voltaram a procurar por imóveis mais próximos do local de trabalho.

Dicas para economizar na hora do aluguel

Divida o aluguel com outras pessoas

Antes de mais nada, as pessoas devem começar a avaliar outras formas de organizar a estrutura de moradia, caso o foco realmente seja economizar no momento do aluguel. Para as pessoas que moram sozinhas, por exemplo, pode ser uma boa dica buscar pessoas para dividir as despesas de aluguel. Isso sempre foi visto como uma opção para jovens ou ainda para universitários. Mas diante da realidade na qual cada vez mais adultos moram sozinhos, dividir as despesas pode realmente ser muito interessante.

Considere as reais necessidades da localização

O preço do imóvel acaba sendo diretamente influenciado pela localização. Muitas vezes as pessoas tendem a fugir destes alugueis mais altos e bem localizados, mas diante de uma realidade na qual a pessoa precise de deslocar muito frequentemente, pode ser que os custos de transporte acabem empatando o jogo. Neste caso, acaba sendo muito melhor, até mesmo pela qualidade de vida, acaba sendo mais interessante pagar um pouco mais de aluguel.

Some todas as outras despesas

Não adianta levar em consideração apenas o valor do aluguel, sendo que muitas imobiliárias até mesmo focam suas propagandas apenas neste número, mas deixando de lado todos os outros custos que normalmente chegam juntos. Os valores dos condomínios, por exemplo, podem acabar representando uma boa parte do aluguel. Além disso, também existe o valor do IPTU que deve ser levado em consideração no momento do contrato.

Alugue por mais tempo

Mesmo que algumas pessoas possam acabar ficando com medo de fechar contratos que tenham uma duração maior, este acaba sendo o negócio que vale mais a pena. Quanto mais tempo a duração do contrato, menor deve ser o preço do aluguel e também menor deve ser o índice de reajuste ao longo dos anos, uma vez que durante o contrato estes aumentos devem ficar restritos ao que consta no contrato em sí. Depois, o locatário pode aumentar como ele achar melhor.

Abra mão da garagem

Caso a pessoa não utilize a garagem, que normalmente está inclusa no aluguem em prédios e condomínios, tente negociar um preço menor para abrir mão ou então verifique a possibilidade de sublocar a garagem.