Reserva financeira: Entenda o que é e sua importância
Este é considerado como um importante passo de qualquer planejamento financeiro.
A reserva financeira é considerada como uma das etapas mais importantes de qualquer planejamento financeiro. Também deveria ser um dos primeiros objetivos das pessoas que começam a sua vida profissional, mas uma falta de educação financeira acaba fazendo com que essa seja uma realidade muito distante da vida da maioria da população. Também as dificuldades financeiras de uma população como a do Brasil, que enfrenta baixos salários e custo de vida mais elevado, se tornam impeditivos para este tipo de procedimento.
Muitos brasileiros até acabam demonstrando, em algum momento da sua vida, uma certa preocupação em guardar dinheiro no dia a dia para que ele tenha uma segurança caso aconteça algo inesperado. Mas, na prática, nem todo mundo consegue. De acordo com algumas pesquisas feitas na área, 65% dos brasileiros adultos não possuem qualquer tipo de dinheiro guardado.
E, mesmo dentre os que guardam dinheiro, a quantidade de pessoas que acabam perdendo poder de compra com estes valores é enorme, em virtude de escolhas erradas. Muitos deixam o dinheiro parado e também acabam escolhendo para deixar as quantias em contas do tipo poupança, que acaba tendo um rendimento que fica menor do que o da inflação na maioria dos casos.
Portanto, o conceito de Reserva Financeira acaba sendo mais amplo quando estamos falando de planejamento financeiro. Mais do que simplesmente guardar dinheiro, também é importante proteger as quantias para que as pessoas não acabem perdendo poder de compra.
O que é reserva financeira?
Dentro da ideia de um planejamento financeiro considerado como correto e focado em evitar perdas, o conceito de reserva financeira acaba sendo o de guardar uma determinada quantidade de dinheiro que deverá ser mantida em uma determinada opção de investimento para que ele sirva apenas para casos de emergência.
Ou seja, estes valores não acabam tendo como objetivo fazer com que a pessoa tenha ganhos de patrimônio, mas acaba servindo como um colchão e proteção que vai permitir com que as pessoas façam algumas escolhas de investimento mais ousadas e, caso tenha perdas, elas possam ser respostas com este fundo, caso exista realmente um comprometimento do orçamento.
Melhores investimentos para reserva financeira?
Existem algumas informações que precisam ser levadas em consideração no momento em que os investidores escolhem suas opções para manter sua reserva financeira. De uma forma geral, estes investimentos devem ser seguros, uma vez que as pessoas não podem correr grandes riscos de perder o dinheiro investido que justamente está ali para ser utilizado em casos de urgências.
Por outro lado, algumas opções consideradas como mais conservadoras acabam não sendo recomendadas para este tipo de operação. Um dos principais problemas é a inflação, que vai consumindo o poder de compra de uma determinada quantidade e de dinheiro. Como a natureza de uma reserva não prevê que o investidor fique colocando mais dinheiro naquele montante, a tendencia é que o valor parado acabe rendendo menos juros do que a inflação, e na prática isso é o mesmo que perder.
Portanto, é preciso encontrar opções que consigam pagar rendimentos que, pelo menos, se aproximem da inflação registrada no país durante um determinado período. Dentre os mais recomendados estão os seguintes:
- Tesouro Direto Selic;
- Fundos de Renda Fixa com prazo de resgate D+0 e D+1;
- CDBs com liquidez diária com rendimento de 100% do CDI.
Estes são exemplos de aplicações que garantem, na grande maioria dos casos, pelo menos o equivalente a taxa básica de juros, a Selic. E uma das principais regras da economia atual é que as taxas básicas de juros devem sempre ficar no mesmo patamar ou acima da inflação do país. Mas, o quanto aquele dinheiro vai render, de fato vai depender das movimentações financeiras.
Como calcular o valor da reserva financeira?
Na prática, isso vai depender sempre da quantidade financeira que vai trazer essa sensação de segurança para o investidor. Mas, de uma forma geral, existe alguns cálculos médios que são recomendados pelos especialistas em mercado. A referência costuma ser um valor que cubra, pelo menos, as despesas familiares básicas e intermediárias em um prazo de seis meses.
O valor do salário dos principais responsáveis pelo orçamento doméstico pode ser uma referência interessante para este tipo de cálculo, mas pode ser um pouco menos se forem retirados os gastos que podem ser cortados em momentos de crise.