Ideias comuns – e equivocadas – sobre investimentos: conheça algumas

Entenda como alguns conceitos podem acabar se tornando apenas ideias equivocadas sobre o hábito de investir.

Publicado em 31/10/2024 por Rodrigo Duarte.

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Mesmo que a ideia de investir tenha se tornado mais presente e acessível para pessoas comuns, especialmente pelas facilidades que a tecnologia trouxe para quem quer separar uma parte do dinheiro ganho em um determinado período para aplicar em algum produto financeiro, a grande maioria dos adultos economicamente ativos não investe.

Ideias comuns – e equivocadas – sobre investimentos: conheça algumas

Existem várias explicações para isso. No Brasil, a mais frequente é a dificuldade que a maioria das famílias tem para manter os pagamentos das suas contas em dia. O alto custo de vida, aliado aos salários desvalorizados, faz com que as pessoas enfrentem muitas dificuldades para atingir o que seria mais próximo de um sustento ideal a partir dos valores recebidos.

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Além disso, há também uma questão cultural que afasta as pessoas da possibilidade de investir como um hábito cotidiano. Muitas ideias equivocadas acabaram se consolidando sobre o tema, afastando aqueles que não têm interesse em buscar, de uma forma mais aprofundada, o que pode ser verdade e o que se tornou apenas um mito.

Confira algumas ideias bastante comuns sobre investimentos de uma forma geral, mas que nem sempre são verdades absolutas.

“Poupança é o investimento mais seguro que existe”

No Brasil, a caderneta de poupança tornou-se o tipo de investimento mais comum ao longo de muitas décadas. Mas as pessoas que separavam parte do seu salário para colocá-lo nesse tipo de conta nem sempre viam essa operação como um investimento, focando apenas no ato de guardar valores, separando-os das contas utilizadas no dia a dia.

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Com essa popularização, foi criado o conceito de que a poupança pode ser considerada o investimento mais seguro que existe. Muitos acreditam, inclusive, que essa é a única opção na qual o investidor, de fato, não corre risco de perder os valores depositados.

No entanto, a poupança tem uma série de problemas, especialmente quando analisada tecnicamente em relação ao seu poder de investimento. O retorno financeiro é muito baixo, muitas vezes ficando abaixo da inflação registrada no país ao longo de um determinado período. Com isso, o dinheiro ali parado perde poder de compra, o que é, basicamente, o mesmo que perder dinheiro em qualquer outro investimento.

“Investir sempre é sinônimo de correr grandes riscos”

Outra ideia que acabou se consolidando ao longo do tempo sobre investimentos está relacionada aos riscos de perdas. As pessoas têm muito medo de perder os valores que colocam em um determinado produto financeiro, o que se torna o principal motivo do afastamento de potenciais investidores.

De fato, não existe nenhum investimento completamente livre de riscos. Perder todo o dinheiro também não é algo completamente impossível, mas é bastante improvável, especialmente quando as pessoas escolhem opções consideradas conservadoras.

Muitos investimentos contam com garantias de determinados fundos. Nesse caso, quando as instituições responsáveis pelos pagamentos dos retornos financeiros têm algum problema, esses fundos são acionados para evitar que os investidores enfrentem mais problemas.

“Investir na bolsa é apostar na sorte”

A Bolsa de Valores é uma das formas de investimento mais conhecidas. Ela é amplamente explorada não apenas nos noticiários, mas também nas ficções. A ideia é, basicamente, de uma aposta, na qual os investidores podem ganhar muito dinheiro, mas também perder tudo da noite para o dia.

De fato, os investimentos feitos ao comprar partes de empresas podem ser considerados bastante voláteis. No entanto, isso não é um jogo de apostas onde a sorte define os ganhos ou perdas.

Existem diversos estudos técnicos e empresas que indicam os melhores caminhos para investimentos na bolsa, reduzindo os riscos de forma geral. Além disso, quando os investidores diversificam seu patrimônio, escolhendo empresas de diferentes setores e tamanhos, a chance de perdas drásticas é muito baixa.

“Investir em imóveis sempre é considerado o mais seguro”

Outra ideia bastante comum em relação aos investimentos é a de adquirir um imóvel. De modo geral, essa realmente é uma opção apontada como muito segura, talvez uma das mais seguras que existem. No entanto, nem sempre isso é completamente verdade.

Imóveis também apresentam alguns riscos que devem ser levados em consideração, tais como o de liquidez, uma vez que as pessoas podem ter dificuldade para converter o imóvel em dinheiro, e o risco de desvalorização, que pode ocorrer em determinadas situações.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.