Queda da taxa Selic: Confira os principais efeitos na economia

Banco Central reduziu a taxa básica de juros do país para 12,75%.

Publicado em 21/09/2023 por Rodrigo Duarte.

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O Banco Central tomou uma importante decisão nesta semana sobre em relação a Taxa Selic, considerada como juros básico da economia brasileira. De acordo com a decisão tomada pela entidade, ela passou de 13,25% para 12,75% ao ano, uma queda de meio ponto percentual. Com essa medida, a Selic se encontra no menor patamar desde maio de 2022.

Queda da taxa Selic: Confira os principais efeitos na economia

"Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", diz o BC. A nota indica que o BC pode seguir neste ritmo de cortes, para tentar deixar a taxa de juros um pouco mais barata.

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Mesmo com uma taxa considerada como elevada, a queda acaba tendo efeito na economia, em diversos pontos. Confira algumas coisas que podem mudar na vida das pessoas a partir da queda da Selic:

Crédito mais barato

De uma forma geral, a partir do momento em que existe uma queda na taxa de juros considerada como base da economia, existe uma tendencia de queda de juros em todos os setores da economia de um modo geral, incluindo o crédito que oferecido para os consumidores e para as empresas. Mas sempre vale ressaltar que este impacto não é sentido em de forma imediata, com os impactos mais relevantes sendo sentidos ao longo de um determinado tempo.

Para as pessoas e as famílias, de uma forma geral, a taxa de juros mais baixa permite com que empréstimos sejam obtidos com taxas menores. E isso faz com que as pessoas tenham um maior poder de compra.

Possibilidade de mais investimentos

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Com os juros mais baixos, as empresas também conseguem obter crédito e financiamento mais barato. E isso pode ajudar no estímulo a investimentos e ampliações de negócios de uma forma geral. As empresas também acabam encontrando ambientes mais favoráveis para contratar mais, o que pode fazer com que exista um aumento na oferta de empregos como um todo.

Atualmente a economia vem demonstrando sinais de recuperação, especialmente no setor de serviços. Mas é importante ressaltar que leve alguns meses a partir da queda para que os efeitos sejam aplicados na prática. Além disso, também existem outros dados e índices da economia que impactam diretamente as empresas, como o IPCA.

Aumento da renda média

A partir do momento em que as empresas encontram um ambiente econômico mais propenso para investimentos e contratações de uma forma geral, também existe uma tendencia do crescimento da renda média. Em teoria, a partir do momento que um país consegue manter um ciclo consistente de redução nos juros significa mais dinheiro circulando pelo mercado como um todo. E esse acaba sendo o impulso necessário para decisões privadas de investimento. Mas é sempre importante lembrar que o aumento na taxa de juros é um dos principais mecanismos para o controle da inflação.

Gasto menor com a dívida pública

Existe uma outra tendência, mas que também demora um pouco mais para ser percebida de fato, de uma redução nos gastos do governo com a dívida pública quando os juros estão mais baixos. Segundo indicadores do próprio Banco Central, cada 1% da Selic representa um acréscimo de quase R$ 36 bilhões para a dívida pública do Brasil. Com isso, internacionalmente, a imagem que passa é de um governo mais comprometido com os gastos públicos, o que reduz os riscos de quebra e que atrai mais investimentos.

Maior incentivo ao risco

Na questão dos investimentos, os juros mais baixos acabam ajudando a impulsionar a bolsa de valores. Isso acontece em detrimento de outras opções de investimentos que costumam ser as mais comuns entre as pessoas de classe média ou ainda dentre aquelas pessoas que são consideradas como iniciantes neste mundo, já torna menos atrativo investimentos em renda fixa, como CDB, e LCI.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.