Compra de dívida do crédito consignado é possível?

Entenda como acontece este tipo de operação.

Publicado em 05/03/2024 por Rodrigo Duarte.

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A compra de dívida é uma operação relativamente comum no mercado financeiro de uma forma geral, mas que nem sempre os consumidores acabam entendendo. Basicamente é um tipo de negociação que acaba sendo feito entre as empresas, que passam a adquirir os direitos de receber determinados valores acabam sendo devidos por outra empresa.

Compra de dívida do crédito consignado é possível?

O problema é que nem sempre os consumidores acabam sendo devidamente avisados quando acontece este tipo de operação, o que pode causar uma série de confusões. Além disso, diante da grande quantidade de golpes existem nos dias de hoje, qualquer informação que acabe sendo diferente daquela que a pessoa de fato possui conhecimento pode fazer com que exista uma certa desconfiança.

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Abaixo entenda melhor como este tipo de operação acontece:

O que é considerado como compra de dívida?

A compra de dívida pode ser considerada desta forma quando existe uma operação financeira na qual uma instituição adquire o débito de um cliente de outra empresa.

Existem 2 tipos de compra de dívida, a primeira não muda os termos do contrato, ou seja, a dívida passa de um credor para o outro, sendo de responsabilidade da nova empresa a cobrança da inadimplência.

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A segunda forma de compra dívida é bastante comum em empréstimos consignados. Este tipo de operação também é chamada de portabilidade de consignado. Neste caso, o cliente pode acabar mudando o bando que vai receber os pagamentos do empréstimo consignado que foi feito em outra instituição.

Como funciona a compra de empréstimo consignado?

Essa é uma compra que também pode ser chamada de portabilidade de consignado. Ela foi criada pelo governo como uma forma de permitir uma maior competição entre as instituições financeiras, e também oferecer um maior poder de escolha para os clientes, que acabam não ficando completamente presos e engessados a uma mesma cobrança de juros e de taxas.

A partir do momento que o cliente opta por fazer esse tipo de operação, ele acaba tendo a possibilidade de migrar a sua dívida para instituição financeira para outra que ofereça condições mais favoráveis, como taxas de juros mais baixas ou prazos de pagamento mais extensos.

Mesmo que a portabilidade possa ser feita com outros tipos de dívidas e de financiamentos, a grande maioria dos clientes acabam optando em fazer no caso dos empréstimos consignados. E o principal motivo é o fato de que estes pagamentos acabam sendo descontados diretamente da folha de pagamentos, o que não acaba dando muita margem para negociação caso o cliente esteja tendo dificuldades em fazer os pagamentos das parcelas.

Quais são os tipos de portabilidade de empréstimo que estão previstas em lei?

Existem alguns tipos de portabilidade de empréstimo consignado que acabam sendo previstas e lei e que podem ser ofertadas pelas instituições financeiras para o cliente que busca uma espécie de negociação.

Uma das mais comuns é a portabilidade com troco, que permite com que os clientes dos bancos recebam um valor adicional, o chamado “troco”, que pode ser utilizado para diferentes finalidades, como quitar outras dívidas, fazer investimentos ou simplesmente para reforçar o orçamento familiar.

Desta forma os, clientes podem acabar trocando um empréstimo mais caro por um mais barato e ainda ter uma diferença de crédito que acaba sendo depositado na sua conta. Mas é claro que isso acaba fazendo com que o consignado seja renovado, e o cliente assuma a dívida por mais tempo do que a original levaria para ser quitada.

Um outro tipo é a portabilidade com redução de parcelas. Neste caso, o cliente foca a troca em uma modalidade que vai oferecer uma redução nas parcelas que ele atualmente paga. Com a economia obtida na redução das parcelas, é possível direcionar recursos para quitar outras dívidas, diminuindo ainda mais o impacto financeiro.

Vale a pena fazer a compra de empréstimo consignado?

Os clientes devem avaliar bem as possibilidades, já que nem sempre vai valer completamente a pena fazer a troca. Caso ele tenha tomado o empréstimo consignado em um banco que já ofereça as taxas de juros mais baixas, por exemplo, dificilmente ele vai acabar encontrando uma instituição financeira que ofereça condições melhores.

Neste caso, é fundamental ler atentamente as condições e conferir todas as informações da operação, incluindo o custo efetivo total.

ESCRITO POR: Rodrigo Duarte - Jornalista formado pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com especialização em Marketing Digital.