Previdência privada: confira dicas para escolher a melhor
Sistema permite que as pessoas consigam programar uma aposentadoria complementar.
A Previdência Privada acaba se tornando cada vez mais presente na vida das pessoas. Afinal de contas, depender somente do sistema tradicional e oficial — que no caso do Brasil é o INSS para a maioria dos brasileiros, ou então os sistemas previdenciários específicos para funcionários públicos — é uma alternativa cada vez mais limitada, em termos de possibilidade de ganhos, além de exigir cada vez mais tempo de contribuição.

Esse é um sistema de investimentos a longo prazo acima de tudo, mas que oferece algumas vantagens interessantes. Inicialmente, ele acaba sendo mais seguro do que outros tipos de investimentos que podem ser feitos pelas pessoas que visam resgatar esses valores apenas depois de algumas décadas.
Também existe um interesse em que mais pessoas adotem um sistema de previdência complementar, até mesmo como uma forma de tornar a população menos dependente do sistema previdenciário oficial do governo, que possui uma série de dificuldades em função da quantidade de beneficiários e da redução na quantidade de contribuintes que ajudam a manter o sistema.
Com isso, existem algumas isenções importantes para as pessoas que optam por contribuir mensalmente em um sistema de Previdência Privada. Por exemplo, essas pessoas não precisam se preocupar em pagar Imposto de Renda, o que já ajuda a melhorar a rentabilidade final quando comparado com outros investimentos.
Quais são os tipos de previdência privada que existem no mercado?
Para começar a entender melhor como funciona esse sistema, antes de mais nada é preciso conhecer os principais tipos de previdência disponíveis no Brasil. Além das diferentes opções de instituições financeiras que oferecem esse tipo de produto, existem basicamente dois sistemas: PGBL e VGBL.
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL)
Esse é um sistema que pode ser interessante especialmente para as pessoas que fazem sua declaração de Imposto de Renda completa, já que oferece alguns benefícios fiscais muito interessantes que podem trazer algum tipo de retorno financeiro.
As pessoas que contratam essa modalidade de Previdência Privada poderão deduzir até 12% da renda tributável no imposto a ser pago. Esse valor também poderá aumentar a restituição do imposto. Essa dedução acontece da mesma forma que as pessoas já declaram determinados gastos, como saúde e educação.
Essa economia gerada com o benefício fiscal pode acabar sendo utilizada justamente para fazer novos aportes e investimentos. Ao final, quando as pessoas forem resgatar essa aplicação, a cobrança de IR será feita sobre o valor total acumulado.
Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL)
Já nesse sistema, as pessoas não contam com a vantagem de descontar as contribuições feitas no Imposto de Renda. Por isso, o plano normalmente acaba sendo apontado como mais simples, destinado para as pessoas que preferem fazer sua declaração de forma mais simplificada.
No momento em que o investidor estiver pronto para fazer esse resgate, o Imposto de Renda incidirá exclusivamente sobre os rendimentos dos recursos acumulados.
Outras taxas que devem ser consideradas
Além do pagamento de Imposto de Renda sobre os investimentos realizados no plano de previdência privada, existem ainda algumas outras taxas que devem ser consideradas e que podem acabar reduzindo o valor final que será disponibilizado ao término do plano.
Uma das taxas normalmente cobradas é chamada de taxa de carregamento, incidente sobre as contribuições pagas e que cobre despesas de corretagem, administrativas e de colocação do plano. Essa taxa é normalmente cobrada antes de o dinheiro ser aplicado no fundo de investimento, e varia de acordo com a instituição financeira.
As taxas de administração também são cobradas para cobrir as despesas com a gestão dos fundos de uma forma geral.
Seguros que podem ser adicionados
Como estamos falando de um projeto de investimento que mira no longo prazo — período de tempo no qual muitas coisas podem acontecer — pode ser interessante adicionar alguns tipos de seguros ao plano. Dentre os mais comuns encontrados no mercado financeiro estão:
- Pensão por morte aos filhos menores;
- Pensão por morte ao cônjuge;
- Renda por invalidez funcional permanente total por doença;
- Pensão por morte por prazo certo;
- Renda por invalidez permanente total por acidente, entre outros.
Tenha objetivos claros
Ao simular um plano de Previdência Privada a ser contratado, é muito importante que os investidores tenham objetivos claros — ou pelo menos uma ideia concreta de quando pretendem se aposentar e qual a renda que gostariam de obter a partir do momento em que começarem a fazer os resgates.
Essas informações serão fundamentais para escolher não apenas o melhor plano, como também planejar as contribuições mensais que deverão ser feitas.