Banco dos Brics: Saiba mais sobre a instituição que será presidida por Dilma Rousseff.
Ex-presidente do Brasil foi confirmada no comando do Novo Bando de Desenvolvimento.
Nesta semana o nome da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, se tornou pauta novamente e notícia não apenas no Brasil como também em outros países, ao ser confirmada como a nova presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), mas que na prática acaba sendo mais conhecido como “Banco dos Brics”. A confirmação da nomeação de Dilma se deu na última sexta-feira, dia 24, pela indicação do presidente Lula, sendo que o mantado dela vai até julho de 2025.
O que é o Bric
O Bric foi criado no ano de 2006 com a ideia de se rum bloco de países considerados como emergentes. Inicialmente era formado por Brasil, Rússia, Índia e China, sendo que a partir do ano de 2011 passou a incluir também a África do Sul, passando a se chamar Brics.
A reunião entre estes países começou de maneira informal no ano de 2006 com um encontro que foi realizado como um evento paralelo à Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU). Então, desde 2009, os chefes de Estado e de governo dos países-membros passaram a se reunir anualmente, constituindo uma nova entidade político-diplomática.
Vale ressaltar que existem algumas diferenças importantes entre o Brics e outros blocos econômicos que existem. De acordo com os países que fazem parte da instituição, ele não pode ser considerado como um bloco político, tampouco uma aliança de comércio formal ou militar. O grupo negocia tratados de comércio e cooperação com o objetivo em aumentar seu crescimento econômico.
Entenda o que é o Banco do Brics
Essa foi uma instituição que foi originalmente criada no Brasil, mais especificamente durante a cúpula dos Brics que aconteceu em Fortaleza entre os dias 15 e 16 de julho de 2014. O grupo assinou os termos que permitiam a criação de uma instituição chamada de Novo Banco de Desenvolvimento (NBD).
O objetivo da criação desta entidade era criar uma forma de materializar apoio financeiro para projetos de infraestrutura e também desenvolvimento sustentável, tanto projetos públicos como também os privados, nos cinco-países considerados como membros deste grupo, que são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Além disso, o banco também poderia oferecer apoio para outras economias emergentes e países considerados como em desenvolvimento.
Oficialmente, o projeto entrou em vigor em julho de 2015, sendo que como sede foi escolhido Xangai, na China. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o capital subscrito inicial do banco era de US$ 50 bilhões, havendo autorização para chegar a US$ 100 bilhões. As contribuições foram divididas de forma igualitária entre os cinco países que compõem o Brics : US$ 10 bilhões, cada.
Além disso, de acordo com o mesmo Ministério, o Brasil acaba tendo ganhos financeiros com a sua participação no NDB vindo de financiamento de obras de infraestrutura no país e da participação de empresas brasileiras em processos de licitação de outras nos países membros financiadas com recursos do Banco.
Como foi fruto de uma construção coletiva de países que, mesmo parte de um mesmo grupo, possuem diferenças e seus próprios interesses, o NBD conta com um conselho de governadores, um conselho de diretores, um presidente e quatro vice-presidentes, garantindo que todo os cinco países estejam devidamente representados.
O cargo da presidência do banco, para o qual foi indicada a ex-presidente Dilma, é rotativa, sendo periodicamente ocupada por um representante dos países do Brics enquanto os membros dos demais países ficam responsáveis pela indicação dos quatro vice-presidentes.
Presidência de Dilma
A ex-presidente Dilma Rousseff passou por todos os trâmites previstos pela instituição para ser nomeada como presidente do banco, começando pela indicação do atual presidente do Brasil, Lula, e depois passando por uma espécie de sabatina com ministros da Economia dos outros países que fazem parte do bloco.
Quem ocupava o cargo até então também era um brasileiro, Marcos Troyjo, que tinha sido indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Em nota, o banco do Brics afirmou que, quando era presidente do Brasil, Dilma priorizou o combate à pobreza e deu ênfase à ampliação dos programas sociais criados nos mandatos de Lula entre 2003 e 2010.
